O Botafogo perdeu, na última noite, por 2-1 na receção ao Flamengo, para o Brasileirão. Foi a segunda derrota consecutiva, depois da eliminação ante o Defensa y Justicia, para a Taça Sul-Americana.

O Flamengo ganhou vantagem logo aos dois minutos, graças a um autogolo de Marlon Freitas. O Botafogo ainda empatou, por intermédio de Victor Sá, mas Bruno Henrique, à passagem dos 73 minutos, ditou com um remate certeiro o resultado final.

Apesar do desaire, o Botafogo segue destacado no topo da classificação do Brasileirão, com 51 pontos, mais 11 do que o Palmeiras, de Abel Ferreira, que este domingo, a partir das 20h00 (de Portugal continental) defronta o Corinthians.

Ainda assim, e mesmo com essa larga vantagem no topo, Bruno Lage entendeu colocar o lugar à disposição durante uma conferência de imprensa pós-jogo que se estendeu por largos minutos.

"Tenho contrato com o Botafogo até dezembro, é muito dinheiro de salários, tenho prémios que já estão praticamente garantidos por ir à Libertadores. Há o prémio de campeão, mas não tenho nenhum problema em abdicar disso, porque não sou guloso pelo dinheiro", disse.

"Isso de só olharem para o meu percurso no Botafogo, acho que é uma pressão muito grande sobre os jogadores. E isso eu não admito! Só há uma forma de os proteger e de os libertar desta pressão. E por isso estou aqui perante vocês. Não falei com ninguém, pensei muito e neste momento coloco o meu lugar à disposição do diretor, à disposição do presidente", adiantou.

"Não posso permitir que a pressão que está a ser exercida sobre mim seja exercida sobre os meus jogadores. Tem-se notado. É isso que eu tenho para dizer. O meu lugar está à disposição de quem manda, sem qualquer outra coisa para dizer", acrescentou.

Bruno Lage deixou ainda queixas à arbitragem: "Tenho visto tantas decisões pelo VAR. E hoje estranhamente os lances de golo do nosso adversário acho que mereciam pelo menos uma chamada de atenção para serem analisados. No segundo golo há uma falta clara: o Tchê Tchê é empurrado pelas costas".

Segundo a Globoesporte, após a conferência de imprensa Bruno Lage reuniu-se com os dirigentes André Mazzuco e Alessandro Brito, bem como com o dono da SAD, John Textor, que participou via telefone.