e o campeonato alemão regressar no início de maio, como previsto, estádios vazios são “algo a que as pessoas devem habituar-se” face à pandemia da covid-19, disse hoje o treinador do Bayern Munique, Hansi Flick.

“Devemos ser solidários com as medidas tomadas” para conter a pandemia, justificou o técnico, depois do regresso ao trabalho de boa parte dos 18 clubes da Liga alemã, após um mês de confinamento social.

Uma vez que o governo de Angela Merkel decretou a proibição de eventos públicos, a única forma da Bundesliga regressar será realizar as partidas à porta fechada.

As várias partes envolvidas na decisão, principalmente o governo e a Liga, continuam a discutir o tema, não havendo ainda uma decisão definitiva.

“Isso deve ser possível. Especialmente se pudermos determinar, através de um teste rápido, que nenhum dos futebolistas está contaminado e que não há risco de criar uma cadeia de infeção”, disse o vice-presidente do parlamento, Wolfgang Kubicki.

O treinador do Bayern garantiu que o seu clube está preparado para essa eventualidade: “Estaremos prontos quando o pontapé inicial do campeonato for dado novamente, mas não depende de nós”.

Os clubes de elite esperam por uma decisão do poder político e da Liga para retomar as competições em 02 de maio, com o objetivo de terminar a época até 30 de junho.

Flick, que recentemente prolongou o seu contrato com os bávaros até 2023, tem a missão de conquistar o oitavo título consecutivo do Bayern, que entrou na pausa competitiva, em 13 de março, na liderança com quatro pontos de avanço para o Borussia Dortmund, cumpridas 25 das 36 jornadas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil. Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, e o continente europeu é neste momento o mais atingido, com cerca de 708 mil infetados e mais de 55 mil mortos.