O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, disse hoje que um possível regresso de público aos estádios na próxima temporada na I Liga de futebol não seria "adequado" à luz do atual contexto da pandemia de covid-19 no país.

"Permitir milhares de espetadores nos estádios não seria uma medida adequada à atual situação da pandemia. Temos de estar alerta e na situação atual a presença de adeptos nas bancadas seria um sinal errado", escreveu Spahn na sua conta na rede social Twitter, após uma teleconferência com Ministros da Saúde de 16 estados federais.

A Liga Alemã de Futebol (DFL) desenvolveu um plano para o possível regresso de espectadores que prevê uma lotação limitada de espectadores, medidas como a eliminação dos lugares de pé ou a redução dos bilhetes para os adeptos das equipas visitantes, além da proibição da venda de álcool.

No entanto, o diretor administrativo da DFL, Christian Seifert, esclareceu que se trata apenas de um plano que está a ser elaborado para um cenário de um eventual regresso de público aos estádios, mas que a decisão "está nas mãos das autoridades sanitárias".

A Liga de Marburg (sindicato dos médicos alemães) já se tinha manifestado contra o regresso dos espetadores aos estádios, por considerar que isso poderia levar à multiplicação das infeções pelo coronavírus.

"O perigo de contágios em massa seria real. Se tivermos azar, teríamos um supercontágio entre os espetadores e o vírus ia espalhar-se como um incêndio", disse a presidente do sindicato, Sussane Johna, em declarações ao jornal "Neuen Osnabrücker Zeitung".

Johna também se mostrou cética em relação ao plano da DFL para permitir um retorno limitado de público aos estádios: "O traiçoeiro do coronavírus é que alguém se pode sentir perfeitamente bem e ter a infeção na garganta. No meio de comemorações, gritos e gestos de alegria, as infeções podem multiplicar-se muito rapidamente”.

A presidente do sindicato dos médicos alemães reconhece que os esforços da DFL são compreensíveis, mas considera que não é realista pensar que essas medidas servem para prevenir o contágio, nem consegue imaginar os espetadores sentados nos seus lugares quando a sua equipa marcar um golo.

"O que fariam seria levantar-se e abraçar-se, o que é perfeitamente humano", concluiu Sussane Jhona.

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