O presidente do concelho diretivo do Académico 83 disse esta terça-feira que a Associação Regional de Futebol na ilha, agiu “ilegalmente”, ao criar o regulamento interno que fere com o regulamento da Federação Cabo-verdiana de Futebol.

Segundo Edvaldo Soares, a ARFM criou um regulamento interno que iliba os jogadores que forem advertidos com cartões amarelos ou vermelho nas provas de Taça Djamai e Taça dos Campeões, indicando que essas penalizações não contam para o campeonato.

“Isso fere e de que maneira o regulamento numero 04 da FCF”, advogou Soares, lembrando que o regulamento interno “não pode sobrepor” ao regulamento da FCF, porque, caso contrário, todas as associações regionais poderiam criar leis próprias. “Eis a razão por que foi acabado com todas os regulamentos internos”, lembrou.

De acordo com este dirigente, à luz dos regulamentos da FCF, todas as provas realizadas durante uma época desportivas são oficiais e as advertências também contam para as restantes provas, pelo que caso um jogador for advertido com dois amarelos tem de obrigatoriamente ficar suspenso por um jogo na partida seguinte.

“É isso que estamos a defender, porque o regulamento é claro neste aspeto”, alertou Edvaldo Soares, indicando que, por esta razão, deram entrada na secretaria da ARFM no passado dia 29 de Janeiro, um protesto alegando que um jogador do Onze Unidos jogou de forma irregular no jogo contra a sua equipa, pelo facto de ter sido advertido com cartão amarelo numa dessas provas e durante o campeonato foi admoestado com mais dois, e por isso automaticamente tinha que ficar de fora nesta partida frente ao Académico”, notou.

Por isso, explicou que a Associação Regional de Futebol tem 15 dias a contar da data do recebimento deste documento para responder sobre este assunto, o que até ainda não aconteceu para estranheza da sua equipa.

Conforme indicou, o mais estranho ainda, é o facto de a direção da ARFM ter divulgado um comunicado na semana anterior, informando que iriam solicitar um parceiro jurídico a esse respeito, “por ser um caso complexo”.

Edvaldo Soares, avançou ainda, que um caso semelhante aconteceu com a equipa do Barreirense e que em menos de 10 dias a ARFM agiu e retirou os pontos daquela equipa atribuindo-os ao Morrerense.

Por isso, considera que estão sendo prejudicados neste processo, ao abrigo do qual tanto ele como o treinador estão impedidos de entrar no estádio, por ordem expressa do vice-presidente da ARFM, “o que torna tudo muito mais estranho ainda”, concluiu.