Seis credores da Associação Regional de Futebol do Fogo intentaram uma ação junto do tribunal de São Filipe, com objetivo de cobrar as dívidas referentes ao torneio inter-ilhas, realizado na ilha entre 26 de julho e 04 de agosto.
De entre as pessoas que recorreram ao tribunal, constam proprietários de hotéis e pensão, responsáveis de restaurantes e duas famílias que habitualmente servem refeições, sobretudo às caravanas que visitam a ilha do Fogo.
A ação foi movida contra o Estado de Cabo Verde, os três municípios da ilha do Fogo (São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina), Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) e Associação Regional de Futebol do Fogo, exigindo o pagamento do valor em dívida, que, só para os seis organismos, ultrapassa os dois milhões e 100 mil escudos.
Em a três dos pedidos, cuja ação deu entrada no dia 04 de dezembro, o tribunal já notificou as partes no sentido de efetuar o pagamento num prazo de 15 dias, informando-os que o não pagamento no prazo, implica a cobrança do valor acrescido de juros de mora, a partir do prazo fixado.
O pedido de mais três pessoas lesadas com o não pagamento das dívidas referentes a realização do torneio inter-ilhas (alojamento e alimentação) deu entrada na quinta-feira no tribunal de São Filipe.
Um advogado contactado pela Inforpress disse que as partes notificadas não são obrigadas a pagar a divida no prazo estipulado, mas anota que caso não cumprir o prazo estipulado correm o risco de pagar as dívidas acrescida dos juros.
Para o alojamento, o valor reivindicado pelo proprietário de um hotel e de uma pensão é de 1.089 contos, para os dois restaurantes 435 contos, e para as duas famílias que servem refeições às caravanas pouco mais de 500 contos.
Relativamente às dívidas acumuladas pela Associação Regional de Futebol com o torneio inter-ilhas, além dos que já recorreram ao tribunal, constam, pelo menos, mais três unidades hoteleiras, cujo valor ascende a um milhão e 500 mil escudos e que ainda não recorreram ao tribunal.
Ao todo, as dividas contraídas com o torneio inter-ilhas, e ainda por pagar, ronda os quatro milhões de escudos (só com alimentação e alojamento).
Apesar de insistência, aos credores não foi possível reaver o montante, o que determinou o recurso ao tribunal, segundo um dos operadores.