A árbitra internacional cabo-verdiana Alcídia Tavares classifica de “extrema importância” para o futebol cabo-verdiano o teste de avaliação realizado pela FIFA no país, numa formação orientada pelo especialista Carlos Henriques, em parceria com instrutores da FCF.
Alcídia Tavares, que foi um dos 21 participantes desta formação, disse que o teste serviu, entre outros propósitos, para o formador ver que os árbitros cabo-verdianos trabalham “com seriedade”, realçando que a classe aperfeiçoou os seus conhecimentos e técnicas com este curso do início da época.
Observou que o teste foi “muito exigente”, mas que, pessoalmente, esteve bem preparada e que não sentiu dificuldades para atingir os objetivos, já que procura manter sempre a sua boa forma física, independentemente da época estiver ou não no defeso ou em plena competição.
Com 12 anos de carreira de arbitragem, dos quais sete com as insígnias da FIFA, Alcídia Tavares disse à Inforpress que o seu limite não tem fim, já que quer “chegar o mais longe, apitar jogos da CAF e FIFA”.
Considerada uma das referências da arbitragem cabo-verdiana, Alcídia Tavares disse que pretende continuar a dirigir jogos das provas regionais de São Vicente (região desportiva onde está inserida), e das diferentes competições a nível nacional.
Disse que apita qualquer jogo com a maior da naturalidade, pois que sente-se respeitado por todos, apesar de, conforme disse, o futebol ser ainda visto como um desporto masculino.
O “segredo” reside no facto de Alcídia Tavares se preocupar “apenas em interpretar da melhor maneira as regras do jogo, sem qualquer exagero, nem contemplação”.
Reconhece que do início da sua afirmação na arbitragem teve de ultrapassar por algumas barreiras, numa sociedade “muitas vezes considerada machista”, mas que atualmente sente-se “perfeitamente integrada” nesta comunidade futebolística.
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