O primeiro-ministro de Cabo Verde considerou hoje o Benfica o "grande embaixador" de Portugal e da lusofonia, ao inaugurar, no "bairro mais benfiquista" da cidade da Praia, a primeira casa oficial do clube no país.

"O Benfica é de facto o grande embaixador de Portugal e do espaço da lusofonia porque representa várias gerações. Há muita relação de identidade emotiva com um grande clube", disse Ulisses Correia e Silva.

O primeiro-ministro, um conhecido sportinguista, esteve envolvido, enquanto presidente da câmara da Praia, no arranque do projeto de criação da Casa do Benfica, tendo em 2009 batizado a zona pedonal do bairro de "Largo Eusébio" já a pensar na construção da infraestrutura.

Quase uma década depois regressou, como chefe do Governo, para inaugurar oficialmente o Largo Eusébio e a Casa do Benfica, que considerou uma "casa de referência".

"É um casamento muito bom entre um clube que representa a lusofonia e o mundo. O Benfica é um clube global", considerou.

O vice-presidente do Benfica Alcino António disse, por seu lado, que a Casa do Benfica de Cabo Verde "vai servir de modelo para todas as outras", numa tentativa de uniformizar a imagem do clube além-fronteiras.

"Todas as casas que vão ser abertas a partir de agora em todo o mundo vão ter de ter este perfil a imitar o estádio da Luz. Esta é a casa-piloto e a primeira em África", disse.

Na inauguração da Casa do Benfica e do largo Eusébio participou também o ex-jogador do clube da Luz, Pedro Mantorras, que fez as delícias dos adeptos desdobrando-se em poses para "selfies" e autógrafos.

O atual autarca da Praia, Óscar Santos, mostrou-se orgulhoso por receber a primeira Casa do Benfica, lembrando que, apesar de o processo ter começado em 2009, "valeu a pena a espera".

"Temos uma casa no maior bairro da cidade, no Largo Eusébio e não podia haver melhor casamento", disse Óscar Santos, adiantando que a autarquia da Praia construiu as instalações, que cedeu a um preço simbólico à Casa do Benfica.

Sócios e adeptos manifestaram também satisfação por ser agora possível "ter uma extensão" do Benfica na cidade da Praia.

"É ter uma extensão do Benfica e ter o Benfica mais perto dos praienses e dos cabo-verdianos. É indescritível", disse à agência Lusa Mário Socorro Barbosa, sócio nº 26 da Casa do Benfica da Praia e do clube há cinco anos.

Nueza Cardoso, que se apresentou como "fanática do Benfica até morrer", considerou que a abertura da Casa do Benfica em Cabo Verde só peca por tardia e sugeriu a abertura de uma escola de futebol do clube.

"É muito importante porque há muitos adeptos do Benfica em Cabo Verde. O Benfica é uma nação. Amo o Benfica de coração e espero que este ano não perder", disse.