A afirmação foi feita no acto do descerramento da placa que devolve ao mítico Estádio da Várzea, o nome do antigo futebolista.

“Com esta obra repomos a verdade histórica e desportiva em homenagem a Luís Bastos que independentemente do percurso, altos e baixos que teve, foi considerado por muitos cabo-verdianos como um dos maiores futebolistas de Cabo Verde de todos os tempos”, defendeu o edil praiense.

Para Óscar Santos, este acto demonstra que a Praia é uma cidade cosmopolita, por homenagear um cidadão natural de São Lourenço dos Órgãos, “mas que passou toda a sua vida na cidade da Praia”.

“Para mostrar que a Praia é uma cidade cosmopolita e nós enquanto poder local, temos que homenagear todos aqueles que são importantes e hoje tem um valor simbólico bastante forte”, justificou.

Luís Bastos, considerado por muitos como o maior futebolista de sempre no país e que chegou a treinar no Sport Lisboa e Benfica, viu o Estádio da Várzea ser baptizado oficialmente com o seu nome em 1995, na gestão do então autarca Jacinto Santos.

O seu nome, que se figurava numa placa à entrada do Estádio da Várzea foi, entretanto, retirado depois de algum tempo, por ter cumprido uma pena de prisão na cadeia central de São Martinho.

Luís Bastos faleceu em 2016, aos 75 anos, vítima de doença prolongada e deixou a sua marca ao apontar mais de 300 golos na sua carreira, tendo representado, no país, as equipas da Académica, Boavista, Sporting, Travadores e Vitória, todas da Cidade da Praia.

Teve ainda uma passagem pelo Benfica para treinos, em 1966, mas não chegou a jogar pela equipa de Lisboa, tendo regressado a Cabo Verde no mesmo ano, alegando dificuldades de adaptação ao país europeu e ao profissionalismo.

Nessa altura, no clube da Luz, treinado pelo húngaro Bela Guttmam, destacavam-se jogadores como Eusébio e Mário Coluna.

Luís Bastos deixou de jogar futebol aos 40 anos, no início dos anos 1980 e, como treinador, orientou equipas como o Desportivo de Santa Cruz, Nô Pintcha da Brava e Boavista da Praia.