A FIFA abriu, esta quarta-feira, um processo disciplinar contra a selecção da Guiné Equatorial por alegadas irregularidades durante o jogo de apuramento para o mundial de 2014, onde venceu Cabo Verde por 4-3.        
O organismo que rege o futebol mundial explica, segundo o site "africansoccer.weebly.com", que a Guiné utilizou um jogador inelegível,  pelo que a selecção pode perder os três pontos conquistados nessa partida. 
Apesar de não especificar qual o jogador inelegível e a ser investigado, a FIFA informa que nenhum dos jogadores da Guiné Equatorial, que fez parte do onze inicial, nasceu no país. 
De acordo com o artigo 17º dos Estatutos da FIFA, um jogador pode adquirir uma nova nacionalidade desde que um dos pais ou um dos avós tenham nascido no território, ou que o atleta tenha vivido pelo menos cinco anos continuadamente no país após a idade de 18 anos. 
Citada pelo site "africansoccer.weebly.com", a FIFA ressalva que cabe às federações verificar essas exigências. Afinal, neste apuramento, o Burkina Faso, o Gabão e o Sudão já perderam pontos por utilizar jogadores considerados inelegíveis. 
O jogo entre a Guiné Equatorial e Cabo Verde foi também marcado por muitas críticas por parte dos cabo-verdianos ao trabalho da equipa de arbitragem do Mali. 
Para mostrar o seu descontentamento, a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) apresentou um protesto à CAF e à FIFA a exigir que os juízes sejam punidos pelos erros que prejudicaram Cabo Verde. 
Neste momento, a Guiné Equatorial ocupa o terceiro lugar do Grupo B, com os mesmos quatro pontos que a Serra Leoa, que está atrás do líder Tunísia, que venceu todos os três jogos, somando nove pontos. 
Caso os três pontos venham a ser atribuídos a Cabo Verde, os "Tubarões  Azuis" sobem ao terceiro lugar do grupo B, com três pontos, e relança a luta por um lugar na fase final do mundial do Brasil.