O Sporting Clube da Praia denuncia a prática fraudulenta e de ilegalidades no Conselho de Disciplina da Associação Regional de Futebol de Santiago Sul (ARFSS), alegando assinaturas falsificadas de um dos seus membros, ausentes em Portugal.

Esta posição foi tornada pública hoje pelo presidente dos leoninos, Paulo Veiga, em conferência de imprensa promovida na sede do clube em Achada de Santo António, para reagir à derrota aplicada ao seu clube (0-3) na secretaria, por “utilização irregular do futebolista Admar Almeida”, numa partida frente aos Travadores.

O líder dos leoninos considera “ilegal e nula” a deliberação do Conselho Jurisdicional da ARFSS, alegando que o acórdão nº 01/2015 foi votado e assinado por apenas um membro, o presidente”, Marcelo Araújo, “não preenchendo assim os requisitos legais”.

Nesta reação, Paulo Veiga classifica ainda de extemporâneo o mesmo acórdão, pois, a seu ver, “foi decidido fora do prazo legal de 15 dias estabelecido no artigo 101 nº4”, ressalvando ainda que o “CJ na sua apreciação do caso e do texto produzido, omitiu deliberadamente todas as questões do facto e jurídicas de fundo apresentadas pelo SCP”.

Paulo Veiga afirma mesmo que o Conselho de Disciplina tem tomado sucessivas deliberações de forma ilegal, alegando falta de quórum no órgão desde a época 2013/14.

Veiga disse que o “próprio sistema estatutário e institucional atual não prevê o funcionamento não presencial” razão pela qual vai mais longe ao admitir a possibilidade de se interromper o regional de Santiago Sul da primeira divisão, quando faltam cumprir quatro jornadas para o seu término.

Por todas estas reivindicações, a direção do Sporting da Praia solicita à Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), a instaurar o devido processo de averiguação às denúncias em apreço, para se apurar a veracidade dos factos, de forma a “restaurar a legalidade, a confiança e não permitir que práticas ilegais e fraudulentas ganhem espaço nas estruturas organizacionais do futebol cabo-verdiano”.