Os clubes de futebol do Município do Tarrafal (Santiago) estão a reclamar o subsídio no montante de 120.000$00, por parte da Câmara Municipal local, informou hoje à Inforpress, o presidente do Clube Varandinha.
O campeonato de Santiago Norte já vai na 12ª jornada e este fim-de-semana disputa-se a última jornada da primeira fase, por isso o dirigente do Varandinha, Daniel David Soares, disse que os clubes deveriam receber o subsídio no mês de Novembro, mas que “até agora nada”.
Segundo o dirigente, numa conversa com o vereador do Desporto, Inácio Carvalho, este o disse que a “situação financeira não permite a atribuição do subsídio” e que neste momento, a câmara tem sob a mesa o assusto do Carnaval e que “se a verba restar vão atribuir aos clubes”.
“A câmara está a falhar com o seu dever ”, disse o dirigente desportivo, realçando que o subsídio é uma “ajuda importante e indispensável”.
Daniel Soares considerou que a questão deve ser analisada e ver se o Carnaval se enquadra na cultura e nas tradições do concelho do Tarrafal, e traçar prioridades, uma vez que o futebol é “uma das culturas mais valorizadas” do concelho.
Fez saber que em cada jogo fora do Tarrafal, o clube gasta 20.000$00 e que e nesta primeira fase o Varandinha já jogou cinco vezes fora, isto é, já gastou 100.000$00, sem pôr na conta as despesas com médicos e medicamentos para os jogadores lesionados.
Está preocupação não é só do Varandinha, mas também de clubes como Beira- Mar, Estrela dos Amadores e Real Júnior.
Segundo o presidente do Beira-Mar, António Furtado, tanto o seu clube como os outros dependem desse subsídio para poderem participar no campeonato.
Informou que o Beira-Mar teve que fazer algumas dívidas para poder custear as despesas dos últimos jogos, uma vez que só tinham fundo para participar na prova até à 10ª jornada, ou seja só para transportes.
“Falam do Tarrafal como uma fonte de bons jovens jogadores, falam em promover jovens para irem jogar num campeonato profissional e não fazem nada para ajudar os clubes a qualificar estes jovens. Estamos profundamente desapontados e esperemos que num futuro muito próximo as coisas mudem de figura”, disse António Furtado.
O presidente do clube Estrelas dos Amadores, Rosindo Cardoso, por seu lado, partilha a mesma opinião, mas avançou ainda que as equipa têm estado a gerir a bilheteria, mas isso não cobre as despesas e que todos os clubes têm buscado formas de autossustento.
A Inforpress tentou entrar em contacto com o vereador da Cultura e Desporto da Câmara Municipal do Tarrafal, Inácio Carvalho, mas até agora não foi possível ouvir a sua versão.
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