O presidente do Benfica anunciou no Mindelo que o seu clube vai manter, doravante, uma ligação «efetiva e dinâmica» a Cabo Verde e, assim, deixar de viver a memória do passado da ligação do Benfica ao país.
Ao discursar num jantar com simpatizantes do clube da Luz na cidade do Mindelo em Cabo Verde onde esteve de visita, Luís Filipe Vieira concorda que é preciso que o Benfica «dê mais a Cabo Verde» e passe a viver o presente do país.
«É por isso que decidimos abrir a Escola de Futebol Geração Benfica do Mindelo, pois queremos apoiar o desenvolvimento dos jovens de São Vicente, reforçar o Benfica como principal clube de Cabo Verde e ter, no futuro, jogadores de São Vicente e de Cabo Verde na equipa principal do Benfica», declarou Luís Filipe Vieira perante uma plateia de algumas dezenas de benfiquistas.
Num discurso de seis minutos, o presidente do Benfica dedicou, no entanto, as primeiras palavras a Carlos Alhinho, ex-futebolista do Benfica, já falecido, que definiu como um «grande embaixador» de Cabo Verde e da ilha de São Vicente, um «grande talento» enquanto futebolista e uma pessoa de «enorme caráter» enquanto homem.
«Carlos Alhinho desapareceu cedo demais e deixou um vazio enorme no futebol», lamentou.
Dirigindo-se aos simpatizantes do Benfica, a quem agradeceu a hospitalidade, Luís Filipe Vieira pediu para não se esquecerem que o clube é uma «referência da lusofonia e da língua portuguesa» e que cabia num poema de Arménio Vieira, na prosa de Pepetela ou Mia Couto, pois é uma «pátria de muitos países».
«Um clube que está onde houver benfiquista», concluiu.
Luís Filipe Vieira foi acompanhado pelo angolano Pedro Mantorras, ex-jogador do clube encarnado, na visita a São Vicente. O presidente do Benfica inaugurou a Escola Geração Benfica do Mindelo, de onde se espera vir a sair jogadores para o plantel encarnado no futuro.
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