A Federação mexicana de futebol (FMF) pediu esta quarta-feira aos seus adeptos que parem de gritar a expressão que tem uma conotação homofóbica, em castelhano ‘puto’, o que têm feito quando o guarda-redes contrário remata a bola.

“Como sabem, a FIFA leva muito a sério os cânticos que temos quando o guarda-redes (adversário) chuta, e as sanções possíveis são pesadas”, começa por dizer o comunicado dos mexicanos, alertando para as consequências.

Os responsáveis lembram que a continuação desses gritos em nada contribui para o jogo e pode levar a que o México seja punido com derrota e que os adeptos possam ser expulsos do estádio, o que fará com que todos fiquem a perder.

“Sabemos que vocês são incondicionais, confiamos em vós e juntos podemos mudar a história”, acrescenta a FMF, no dia em que a equipa defronta a Nova Zelândia, em jogo da segunda jornada do Grupo A da Taça das Confederações.

Na primeira jornada os mexicanos empataram a 2-2 com Portugal, que hoje defronta a anfitriã Rússia, e nesse mesmo jogo os adeptos insultaram o guarda-redes Rui Patrício, a cada momento que chutava a bola.

A situação foi também comentada na terça-feira, na conferência de imprensa, pelo selecionador mexicano, o colombiano Juan Carlos Osorio, que desvalorizou as palavras, justificando que existem outros insultos piores.

A 14 de junho, três dias antes do início da Taça das Confederações, a FIFA anunciou que iria reforçar na competição a luta contra a discriminação.

“Pela primeira vez numa competição oficial, a FIFA utilizará um procedimento em três etapas em casos de situações discriminatórias e terá observadores para esta matéria em todos os estádios”, revelou o organismo do futebol mundial, explicando que as queixas seguirão para o seu comité disciplinar.