O Clube Sportivo Mindelense enviou esta quinta-feira à Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) uma nota em que solicita os documentos de suporte à pena de derrota aplicada ao clube por falta de comparência ao jogo de domingo.
Na nota, a que a Inforpress teve acesso, rubricada pelo presidente do Mindelense, Daniel de Jesus, o clube cita o artigo 135 do Regulamento Disciplinar da FCF, ao abrigo do qual vem solicitar os relatórios do árbitro e do delegado do jogo entre o Ultramarina e o Mindelense do passado dia 13 de agosto.
Daniel de Jesus informou que o clube recebeu esta quinta-feira a comunicação da medida aplicada, pelo que solicita a informação da data limite de entrega do recurso ao Conselho de Justiça "por não concordar com a mesma".
A Ultramarina vai jogar a final do campeonato de Cabo Verde com o Sporting da Praia, segundo anunciou a FCF que marcou para este domingo, a primeira mão do jogo decisivo no Estádio Orlando Rodrigues, em São Nicolau.
A decisão é do Conselho de Disciplina da FCF, após a equipa do Mindelense não ter comparecido no último domingo em São Nicolau, na repetição do jogo da primeira mão das meias-finais do campeonato nacional com a Ultramarina.
O jogo da primeira mão, que deveria realizar-se no mês de junho, não se realizou, após dois adiamentos e uma peripécia que envolveu o “desaparecimento” das chaves para abrir os portões do Estádio Orlando Rodrigues.
Com processos, recursos e decisões pelo meio, a FCF, mesmo sem se realizar o jogo da primeira mão em São Nicolau, marcou o da segunda mão em São Vicente, em que a Ultramarina venceu o Mindelense por 2-0.
Na semana passada, a federação anulou o jogo realizado e mandou repetir os dois jogos das meias-finais, prolongando assim a época desportiva, que deveria terminar no dia 31 de julho.
Entretanto, gerada a polémica, agora são as associações regionais que solicitam uma assembleia-geral extraordinária, já marcada para este sábado, de forma a analisar a situação da modalidade no país e pedir a demissão do presidente da FCF, Vítor Osório.
O documento foi rubricado por responsáveis de nove das 11 associações do país – as excepções são a Região Desportiva Norte de Santo Antão e a Região Desportiva do Sal.
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