Um lance muito infeliz de Laura Bassett, nos descontos, permitiu ao detentor do título Japão vencer quarta-feira a Inglaterra por 2-1 e reeditar com os Estados Unidos a final do Mundial feminino de futebol de 2011.
Em Edmonton, quando o prolongamento parecia inevitável, Bassett, na tentativa de intercetar um cruzamento de Nahomi Kawasumi, introduziu a bola na própria baliza, selando o sexto triunfo pela diferença mínima das nipónicas na prova.
Campeão em 2011, com um triunfo sobre as norte-americanas no desempate por grandes penalidades, o Japão vai assim, poder defender o título, depois de uma meia-final em que as inglesas tiveram mais e melhores oportunidades de golo.
As comandadas Mark Sampson não conseguiram, porém, chegar ao segundo tento e acabaram afastadas da final, pelo que têm de se contentar com discutir com a Alemanha o terceiro posto, sendo que já garantiram a sua melhor classificação de sempre.
O encontro começou equilibrado e quase sempre jogado longe das balizas, com o primeiro momento de emoção a ser ‘criado’ pela juíza neozelandesa Anna-Marie Keighley, que transformou um empurrão de Claire Rafferty a Saori Ariyoushi fora da área em penálti, que Aya Miyama transformou, aos 33 minutos.
Apenas sete minutos volvidos, surgiu a ‘compensação’, com um ligeiro toque de Yuki Ogimi em Steph Houghton a ser também contemplado com uma grande penalidade, que permitiu a Fara Williams restabelecer a igualdade.
Os primeiros 15 minutos da segunda parte ainda foram equilibrados, até que, no espaço de cinco minutos, a Inglaterra, a pressionar junto da área contrária e a roubar bolas, criou três ‘enormes’ ocasiões para marcar.
Toni Duggan rematou de fora da área à barra, aos 62 minutos, a suplente Ellen White proporcionou defesa difícil a Ayumi Kaihori, aos 64, e Jill Scott cabeceou muito pouco ao lado do poste direito, após um canto de Fare Williams, aos 66.
Com a entrada de Mana Iwabuchi, a única suplente utilizada por Norio Sasaki, o Japão melhorou e voltou a surgiu na área inglesa, merecendo destaque um remate da própria Iwambuchi, aos 73 minutos, e um cabeceamento de Mizuho Sakaguchi, aos 76.
Aos 78 minutos, as inglesas voltaram a assustar, com um cruzamento de Claire Rafferty que bateu na parte de cima da barra, e estiveram mais no meio campo contrário até ao final, mas, em contra-ataque, acabou por ser o Japão a marcar.
Em seis jogos, as nipónicas selaram o terceiro triunfo por 2-1, aos quais juntam mais três por 1-0, números suficientes para domingo discutirem o título com os Estados Unidos, numa final marcada para Vancouver.
Terça-feira, na primeira meia-final, os Estados Unidos, campeões em 1991 e 1999 e vice-campeões em título, qualificaram-se para a sua quarta final, ao vencerem a Alemanha por 2-0.
No Estádio Olímpico de Montreal, no Canadá, Carli Lloyd, aos 69 minutos, na transformação de uma grande penalidade inexistente, ‘cavada’ por Alex Morgan, e a suplente Kelley O’Hara, aos 84, selaram o triunfo das norte-americanas.
As germânicas, campeãs em 2003 e 2007 e ‘vices’ em 1995, podem queixar-se desse penálti e do que desperdiçaram, aos 60 minutos, com 0-0. Celia Sasic atirou ao lado do poste direito da baliza defendida por Hope Solo.
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