A capitã da seleção portuguesa de futebol feminino Edite Fernandes considerou hoje que a equipa lusa tem «obrigação de ganhar» o jogo com a Grécia, em Atenas, o primeiro da fase de qualificação para o Mundial2015.

«Temos obrigação de ganhar, porque queremos começar a qualificação da melhor forma e porque sabemos que esta vitória nos moralizará, mas também estamos cientes das dificuldades. Não é a primeira vez que fazemos isto, sabemos as dificuldades que vamos encontrar, mas vamos trabalhar para conseguir a vitória, como sempre», disse Edite Fernandes em declarações ao sítio oficinal na Internet da Federação Portuguesa de Futebol.

A cumprir o segundo dia de estágio em Rio Maior, a seleção comandada por António Violante tem 18 meses pela frente até ao grande evento do futebol feminino internacional, tendo como primeiro desafio o jogo com a Grécia, a 26 de setembro, da jornada inaugural do Grupo 5 da qualificação europeia.

Edite Fernandes, que conta já com 109 internacionalizações, considera que as novas jogadoras que foram chamadas pelo técnico «trazem qualidade ao grupo», apesar de existir agora um esforço de adaptação.

«Tendo em conta que muitas destas 'novidades' vêm das sub-19 [semi-finalistas do Euro2013], trazem uma experiência internacional muito importante, que acaba por ser uma mais-valia para elas próprias e para a equipa. Obviamente, estas renovações significam que os grupos se tornam totalmente diferentes e, para mim, que sou a mais velha, implica um esforço de adaptação diferente também, mas as transformações são necessárias e benéficas», sublinhou.

A experiente jogadora considera que o facto de Portugal estar melhor posicionado no “ranking” FIFA, onde ocupa o 42.º lugar, não pode levar a que o jogo frente às gregas (58.ª posição) será fácil.

«Olhando para o ranking, poderemos pensar que será um jogo fácil porque Portugal está umas posições acima da Grécia, mas essa não será a realidade. Este será o primeiro jogo, o nervosismo estará sempre presente, até nas jogadoras mais velhas, e estaremos fora de Portugal, por isso não poderemos contar com o apoio da família ou dos adeptos», alertou a avançada.

Edite Fernandes sonha com a presença numa fase final de uma grande competição, mas avisa que o grupo tem de ter os «pés bem assentes na terra», porque se encontra num grupo «difícil» de acesso ao Mundial.

«Vamos trabalhar acreditando que é possível, vamos manter o sonho, mas cientes de que muita coisa pode acontecer, inclusive situações que muitas das vezes estão fora do nosso alcance e que podem condicionar a nossa prestação. Vamos pensar pouco a pouco e logo vemos quão longe podemos chegar», acrescentou.