A Associação de Futebol de Lisboa (AFL) mostrou-se hoje preocupada com a debilidade financeira dos clubes das II e III divisões nacionais, sustentando que o Governo tem de avançar com o estatuto do «dirigente amador».
O presidente da AFL, Nuno Lobo, que falava durante a reunião que decorreu no auditório da sede do organismo lisboeta, salientou que o custo inerente à organização dos jogos de futebol está a levar à extinção dos clubes, dando como exemplo que cada encontro custa cerca de mil euros.
«O grande problema do futebol é o custo da estrutura. Ou seja, o custo da taxa de organização, arbitragem e policiamento. A estrutura federativa e associativa não pode deixar de olhar para estes clubes, que formam a totalidade dos jogadores que rendem tantas receitas para o futebol nos campeonatos da Europa e do Mundo. Não podemos ter estruturas ricas quando temos clubes falidos. Queremos ser uma voz incómoda nessa defesa», afirmou o dirigente.
Para Nuno Lobo chegou a altura de dar visibilidade aos dirigentes do futebol amador, porque «fazem o trabalho social que muitas vezes o governo não faz», apelando ao Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, que assuma «o que se promete em tantas campanhas eleitorais».
«Lisboa vai reivindicar um conjunto de direitos para o futebol amador. Vamos reivindicar ao secretário de Estado, que tem andado tão ausente desta discussão, que assuma o que promete há tanto tempo: o estatuto do dirigente amador», criticou.
O responsável máximo pelo futebol em Lisboa lamentou ainda que no próximo domingo o Mafra não vá entrar em campo, porque o Câmara de Lobos não tem disponibilidade financeira para se deslocar da Madeira para o continente.
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