O Farense lidera a “corrida” à subida à II Liga de futebol, mas conta com a oposição do Mafra, segundo classificado a um ponto dos algarvios na série sul da II Divisão, quando falta disputar apenas uma jornada.

Depois de liderar a competição durante praticamente toda a temporada, a formação de Mafra chega à última ronda com uma «percentagem mínima» de possibilidades de subir de divisão, como admitiu o treinador Elói Zeferino, em declarações à agência Lusa.

«Foi assumido no final do campeonato passado que teríamos como objetivo subir de divisão. O discurso foi sempre o mesmo e mantém-se, mas neste momento a percentagem de [hipótese de] subida de divisão é mínima e nós temos consciência disso», sublinhou o técnico, de 42 anos, que se revelou «frustrado» com os acontecimentos no decorrer da época.

O Mafra empatou na 29.ª jornada com o Fátima (3-3) e perdeu a liderança para o Sporting Farense, mas para Elói Zeferino o clube do distrito de Lisboa «assustou muita gente» e «dentro de campo é reconhecidamente a melhor equipa».

Apesar de assumir a responsabilidade na eventualidade de falhar o objetivo, o técnico garante que as maiores dificuldades encontradas pelo Mafra foram «fora do campo», denunciando uma «campanha para a subida do Farense».

«Aquilo que se diz é que o Farense merece e é um histórico, assim como a cidade. Olha-se aos nomes e aos clubes e não para dentro de campo. O Mafra foi a melhor equipa. Estamos frustrados, pois sentimos que fomos os melhores, mas simplesmente não ganhámos», frisou Zeferino, que enaltece ainda o «caráter do grupo e de toda a estrutura do clube».

Questionado sobre o futuro, o treinador do Mafra diz «não ter planos», mas assume «não ter medo» e «estar disponível» para assumir qualquer compromisso.

Na última jornada da zona sul da II Divisão, que se vai realizar no próximo domingo, o Mafra vai receber o Sertanense e, segundo Elói Zeferino, «esperar por um milagre».

O treinador do Farense, Mauro Pulquério, chegou ao clube a meio da temporada, numa altura em que o conjunto algarvio tinha uma desvantagem de sete pontos para o primeiro lugar. A uma jornada do fim, o técnico, de 49 anos, afirma que tudo «foi fluindo» até o histórico algarvio atingir a liderança e ser dono do seu futuro.

«Demos um passo muito importante na última jornada, que foi a independência. Hoje dependemos de nós próprios, depois de muitas jornadas a depender dos adversários. Foram muitas jornadas de ‘stress’ e pressão, mas estamos conscientes de que ainda não conquistámos nada», afirmou Mauro Pulquério, em declarações à Lusa.

Na 30.ª e última jornada da zona sul da II divisão, o emblema de Faro recebe a União de Leiria, mas o jogo poderá nem ser disputado devido à situação do clube da cidade do Lis.

«Todos os jogos devem ser jogados e espero que consigamos vencer dentro das quatro linhas. Estamos convictos de que vamos conseguir [a subida]. Desde a primeira hora que o objetivo passa pela subida. Estamos confiantes, temos fé e esperança, mas sabemos que ainda falta uma etapa», vincou o técnico, que já dirigiu Rio Maior, Beneditense e Amiense.

A formação orientada por Mauro Pulquério, que substituiu Bruno Ribeiro no comando técnico da equipa, conta com o apoio da cidade de Faro e dos adeptos que, segundo o técnico, «são fantásticos e merecem o Farense nas ligas profissionais».

A experiência profissional do Sporting Farense, que já participou por 23 ocasiões no principal escalão do futebol português, «pode ser um fator favorável não só agora, mas também no futuro» para a equipa do Algarve, rematou o técnico.

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