Futebolistas e técnicos da União Desportiva da Gândara, que sábado faltaram ao jogo com o Monsanto, da III Divisão, vão regressar aos treinos e garantem comparência domingo, perante o Riachense, líder da Série D.
A decisão surgiu no seguimento de uma reunião entre dirigentes, presidente da Assembleia Geral, treinador e “capitães”, com os últimos a esclareceram o elenco directivo sobre os motivos da falta de comparência frente ao Monsanto.
Patrício Duarte, treinador da equipa, explicou que a equipa foi «abandonada pelo presidente», que comunicou sexta-feira não ter «condições para continuar», pelo que iria «demitir-se».
«O caso começou a ter contornos dramáticos, já que existiam jogadores que não tinham dinheiro para se alimentarem e os restantes dirigentes do clube não tinham conhecimento do que se estava a passar porque o presidente fez questão de os afastar e gerir ele próprio o futebol», esclareceu.
Após a reunião, o “capitão” Patego assumiu a vontade do grupo de trabalho de regressar aos treinos e iniciar de imediato a preparação para o encontro com o Riachense, adversário da turma da Gândara na próxima jornada.
Entretanto, o presidente da Assembleia Geral, David Azenha, fez o ponto da situação, comunicando a «demissão colectiva da direcção, decisão que permite desde já a convocação de novas eleições no mais curto de espaço possível».
Os dirigentes demissionários «garantem a gestão corrente do clube e o apoio às equipas em competição» até à entrada de novos corpos sociais, estabelecendo como limite o final da actual temporada desportiva.
Os mesmos dirigentes vetaram ainda a participação do ex-presidente José Nogueira de Jesus na gestão do clube e no apoio às equipas, já que foi ele quem garantiu os apoios a um tipo de gestão que sabia de antemão que o clube não poderia garantir.
Davide Azenha fez questão em salientar «o empenho de todos os intervenientes na reunião na procura de soluções que permitam acima de tudo dignificar o nome da União Desportiva da Gândara e evitar o fecho de portas no imediato».
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