"Com equipas envolvidas na liga profissional de basquetebol e na III Divisão Série Açores em Futebol, o Lusitânia não pode continuar a viver sob a constante ameaça de novas penhoras, impondo-se um rápida definição quanto ao seu futuro", desse hoje à agência Lusa João Mendes, da Comissão Executiva do clube.
Segundo explicou, apesar de ter baixado nos últimos dois anos de 4,5 para cerca de três milhões de euros, a dívida do Lusitânia supera em muito o seu património, avaliado em 1,5 milhões de euros, e os credores do clube têm vindo a revelar a intenção de proceder à execução de penhoras.
Nestas circunstâncias, e tendo em conta "a necessidade de assegurar uma gestão que continue a garantir nomeadamente o pagamento de salários aos profissionais, é preciso encontrar uma solução o mais rápido possível", referiu João Mendes.
O dirigente considerou ser possível o estabelecimento de um acordo com os credores - quatro deles (Finanças, Segurança Social, uma agência de viagens e uma empresa de construção civil) concentram a quase totalidade da dívida, mas não excluiu a possibilidade de a Assembleia-Geral aprovar a apresentação de um pedido de insolvência.
Fundado em Junho de 1922, o Lusitânia agrega um total de cerca de 500 atletas e foi a primeira equipa açoriana a ingressar nos campeonatos nacionais de futebol (época 1978/79).
Antigo rival do Santa Clara, actual segundo classificado da Liga de Honra, conquistou por 21 vezes o campeonato açoriano de futebol e obteve 38 títulos de Campeão da Ilha Terceira na mesma modalidade.
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