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A sociedade desportivoa deve gerir o futebol profissional, conforme estão obrigados os clubes pela nova legislação.
Os sócios do Atlético, reunidos em Assembleia-Geral (AG), mandataram hoje a direção para que inicie os trâmites necessários à constituição de uma sociedade desportiva para gerir o futebol profissional, conforme estão obrigados os clubes pela nova legislação.
Na reunião magna, que durou mais de três horas, os cerca de 40 sócios deram parecer favorável à proposta da direção, com 215 votos a favor, 13 contra e 51 abstenções.
Desta forma, a direção liderada por Almeida Antunes ficou mandatada de iniciar o processo de constituição de uma sociedade desportiva, seja na forma de Sociedade Anónima Desportiva (SAD) ou Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ).
O decreto-lei que estabelece o regime jurídico das sociedades desportivas a que ficam sujeitos os clubes que pretendem participar em competições desportivas profissionais, e que entra em vigor a 1 de julho, foi publicado no início do ano, em Diário da República.
O decreto-lei 10/2013 impõe que a participação em competições desportivas profissionais se concretize sob a forma jurídica societária, extinguindo o chamado regime especial de gestão.
Almeida Antunes admitiu que será muito difícil encontrar pessoas interessadas em investir no capital social de uma SAD, pelo que uma SDUQ será a via mais provável para o clube de Alcântara.
Por outro lado, o líder dos alcantarenses frisou que «dificilmente» irá ser candidato às próximas eleições, que têm lugar em setembro, justificando a decisão com o "cansaço" que vem acumulando ao longo dos muitos anos em que tem servido o Atlético.
«Já me tentaram convencer a estender o mandato por mais um ano, para preparar as coisas, mas não sei. O Atlético nunca ficará sem rumo. Se, entretanto, não aparecer ninguém, ficaríamos mais uns meses ou mais um ano, à espera de uma direção que possa representar um clube com 70 anos. Vamos aguardar», afirmou.
Na AG desta noite, foi igualmente aprovado o Relatório e Contas do exercício de 2012, em que o clube registou um prejuízo superior a 260 mil euros, mais do triplo do que havia registado em 2011 (80 mil euros).
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