O plano de recuperação do Grupo Desportivo de Chaves foi aprovado hoje em Assembleia de Credores, na sequência do processo de insolvência interposto por um antigo jogador do clube, informou à Agência Lusa fonte ligada ao processo.
O pedido de insolvência do clube foi instaurado pelo antigo jogador Sérgio Jorge, devido a uma dívida contraída após uma lesão que o deixou impedido de jogar futebol.
Desta forma, o Desportivo de Chaves deixou de poder movimentar as receitas, pelo que os jogadores ficaram com os salários em atraso.
Em março, e para fazer face às "grandes" dificuldades financeiras do clube, os atletas criaram uma conta bancária solidária para ajudar o plantel a terminar a temporada e reunir fundos para pagar os vencimentos em falta.
Por seu lado, um grupo de simpatizantes criou uma comissão de apoio para ajudar os atletas a obterem dinheiro com a realização de sorteios.
Posteriormente, em junho, o presidente do clube, Mário Carneiro, apresentou a sua demissão, numa assembleia geral extraordinária na presença de cerca de 200 sócios do clube.
As razões da demissão, segundo Mário Carneiro, prenderam-se com a situação «atual» do clube e as «acusações» feitas pelos sócios pondo em causa a sua honestidade.
Com a demissão do dirigente, seguiram-se várias assembleias de sócios, das quais saiu uma comissão administrativa composta por cinco elementos, que ficou a gerir os destinos do Chaves.
Após uma "série" de assembleias de credores foi hoje decidido e aprovado, em tribunal, o plano de viabilização do Desportivo de Chaves, que consistirá no pagamento «imediato» de um terço da dívida atual do clube ou, em alternativa, a satisfação fracionária e total dos credores em 10 anos.
O plano de recuperação foi apresentado, no início do processo de insolvência, pela comissão de credores constituída por Mário Carneiro e Castanheira Gonçalves, ex-presidentes e principais credores do clube, e João Fernandes, atleta do clube e representante dos trabalhadores que reclamam a regularização dos salários em atraso.
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