O mau tempo dos últimos dias deixou um rasto de destruição no estádio do Vilanovense Futebol Clube, Gaia, apelando o presidente ao apoio das entidades para uma “intervenção rápida”, já que “a continuidade do clube pode estar em causa”.
O presidente do Vilanovense Futebol Clube, Manuel Carvalho, convocou hoje uma conferência de imprensa para dar conta da “situação muito difícil” que o clube atravessa.
Em declarações à agência Lusa, Manuel Carvalho disse que “o temporal [de sexta-feira à noite e sábado] causou estragos que podem pôr em causa o futuro da coletividade”.
“Foi uma destruição quase total da nossa bancada, por baixo da qual funcionava grande parte da nossa estrutura: balneários, posto médico, sala de reuniões, salão nobre, sala de troféus. Todas essas estruturas foram afetadas, e [o mau tempo] até provocou o corte de luz e da água porque rebentaram canos e fios”, relatou, acrescentando que o muro, do lado da Rua da Rasa, também caiu.
Segundo o presidente do Vilanovense, «senão houver apoios rápidos e uma intervenção rápida, a continuidade do clube pode estar em causa», pelo que apelou à ajuda das «entidades oficiais», como a câmara e das juntas de freguesia.
O clube tem, entre os vários escalões, cerca de 450 atletas, que não têm condições para treinar desde segunda-feira, temendo Manuel Carvalho que possa perder atletas para os clubes vizinhos, porque «em Vila Nova de Gaia o que não falta é concorrência e clubes para praticar desporto».
«Os serviços camarários ontem [segunda-feira] já lá estiveram, o vereador do Desporto esteve lá a tomar conta da situação e fizeram um levantamento da situação. Prometeram-me que iam falar a uma empresa especializada para pedir um orçamento para tentar, dentro do possível, ver aquilo que podiam fazer», disse.
Apelando também aos «pais dos atletas para terem compreensão nesta fase difícil do clube», o presidente espera poder retomar, ainda que só a 50%, parte dos treinos entre quarta-feira e quinta-feira.
«Estamos a reunir esforços para o clube, só por si, rapidamente tentar remediar a questão da água e luz, para podermos pôr o clube a funcionar a 40%, 50%», disse.
Manuel Carvalho foi perentório: «aquilo que não queria era que fosse o fim do clube, que vai fazer 100 anos em 2014».
«É hora dos vilanovenses se unirem como nunca para levantar a casa porque a nossa casa foi abaixo», concluiu.