A Venezuela impôs na terça-feira um empate a zero ao Brasil, impedindo o prematuro apuramento dos anfitriões para os quartos de final da Copa América em futebol, em encontro da segunda jornada do Grupo B.
Em Salvador, os ‘canarinhos’ introduziram por três vezes a bola na baliza contrária, mas nenhuma de forma válida, não conseguindo, com uma exibição demasiado ‘pálida’ e que mereceu sonoros assobios do público, dar sequência ao 3-0 à Bolívia.
Os comandados de Tite continuam, ainda assim, na liderança do agrupamento, com os mesmos três pontos do Peru, que bateu a Bolívia por 3-1, e muito perto dos ‘quartos’, que até podem assegurar antes da terceira ronda.
Por seu lado, e depois de já ter conseguido um ‘nulo’ face ao Peru, a Venezuela, umas das poucas seleções sul-americanas que nunca venceu a Copa América, mostrou grande organização e personalidade, embora praticamente sem atacar na segunda parte.
Osorio, que atuou em 2018/19 no Vitória de Guimarães, foi uma das grandes figuras dos venezuelanos, com uma atuação notável no centro da defesa, ao lado do igualmente ‘insuperável’ Villanueva, enquanto Jhon Murillo, extremo do Tondela, foi um perigo na primeira parte e na segunda acusou muito o desgaste.
A formação da casa até começou bem e teve boas oportunidades para marcar, aos 15 minutos, por David Neres, e aos 17, por Richarlison, mas a grade ocasião da primeira parte foi de Venezuela, num cabeceamento de Rondon a rasar o ‘ferro’, aos 19.
Depois dessa jogada, os venezuelanos serenaram e passaram a controlar melhor o adversário, que só voltou a assustar já na segunda parte, aos 57 minutos, num remate de fora da área de Gabriel Jesus, entrado ao intervalo para o lugar de Richarlison.
Com o passar dos minutos, o público começou a impacientar-se e a assobiar, fortemente, a equipa, ‘clima’ que só abrandou quando Coutinho parecia ter dado vantagem aos brasileiros, aos 87 minutos, num lance bem anulado por fora de jogo de Firmino.
Face a muitas paragens, nomeadamente por culpa do VAR, o jogo teve 10 minutos de descontos e, nesse período, Filipe Luís ameaçou num remate de pé esquerdo, aos 90+3, e Fernandinho num cabeceamento, após um canto, já aos 90+10.
Antes, no Maracanã, o Peru deu um passo importante rumo a um nono apuramento consecutivo para os quartos de final, ao vencer a Bolívia por 3-1, numa reviravolta que teve o selo do veterano avançado Paolo Guerrero, de 35 anos.
Depois de Marcelo Moreno dar vantagem aos bolivianos, aos 28 minutos, o atual jogador do Internacional de Porto Alegre empatou o encontro, aos 45, e, aos 55, fez a assistência para Jefferson Farfán apontar o segundo tento dos peruanos.
Com o encontro a terminar, aos 90+6 minutos, Edison Flores, que havia entrado aos 79, fechou a contagem, ao ‘picar’ a bola sobre o guarda-redes contrário, depois de o ‘sentar’, na sequência de uma assistência de Farfán.
O Peru só garantiu o triunfo sobre o final, mas foi sempre melhor e respondeu da melhor forma ao tento dos bolivianos, num penálti assinalado pelo VAR, uma mão algo duvidosa de Zambrano, depois de um remate de muito perto.
Marcelo Moreno, tranquilo, enganou Gallesse e marcou, mas a Bolívia respondeu ainda antes do intervalo, com Cueva a isolar Guerrero e este a fintar Lampe e a marcar. Foi o seu 12.º golo na Copa América, igualando, entre outros, no 10.º posto o chileno Eduardo Vargas, que ‘bisara’ segunda-feira face ao Japão.
Na segunda parte, Farfán faturou de cabeça, aos 55 minutos, após centro da esquerda de Guerrero e, então, reagiu a Bolívia, que teve soberana ocasião para empatar o jogo aos 67, quando Saavedra falhou uma recarga muito perto da baliza.
Depois, ‘só seu’ Peru, que criou e desperdiçou inúmeras ocasiões, até à ‘cereja’ de Flores.
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