A receção do Betis ao Sevilha, referente aos oitavos-de-final da Taça do Rei de Espanha, foi interrompido e, posteriormente, suspenso ainda na primeira parte, depois de Jordán, médio da equipa visitante, ter caído no relvado ao ser atingido com uma barra de ferro arremessada das bancadas.

Depois de decidida a suspensão do encontro, vários os jogadores do Betis lamentaram, nas redes sociais, o sucedido, mas não deixaram de criticar Julen Lopetegui, treinador do Sevilha, pela forma como se comportou durante o incidente.

"A ação de alguém que não representa os nossos adeptos é embaraçosa e injustificável. Espero que Joan Jordan esteja bem, embora todos nós tenhamos ouvido (incluindo o quarto árbitro) a forma o seu treinador o encorajou a 'ficar zonzo e a atirar-se para o chão'", fez notar Victor Camarasa, médio do Betis, apontando assim o dedo ao técnico adversário por considerer que este encorajou o seu jogador a permanecer no chão, o que levou à suspensão do encontro.

Mais tarde, ainda na mesma rede social, Camarasa fez contudo questão de esclarecer: "Com este tweet não estou a dizer que Joan fingiu ou simulou alguma coisa, estou apenas a dizer o que ouvi em campo."

Camarasa não foi o único jogador do Betis a afirmar o mesmo. "Condeno totalmente o que aconteceu nas bancadas e espero que Jordan esteja bem. Todos ouvimos como o seu treinador o encorajou a se deitar-se ao chão e ficar zonzo. Sabia o que estava a fazer", apontou, também no Twitter, Juan Miranda, defesa do Betis.

Outro dos jogadores que abordou a questão foi Cristian Tello, antigo atacante do FC Porto, que tal como os colegas condenou os atos de violência, mas também o comportamento do adversário. "Antes de mais, quero expressar o meu total repúdio a qualquer ato de violência. A atitude desse 'indivíduo' não representa os nossos adeptos. Por outro lado, todos os que estiveram em campo foram testemunhas de todos os momentos que o nosso rival estava a procurar: NÃO JOGAR", apontou.

Já Borja Iglesias preferiu recorrer à ironia para comentar o incidente, apontando: "Os golpes na cara são muito dolorosos."