O Europeu está aí e com ele chegam também os Cromos do Euro! Ao longo dos próximos dias vamos trazer-lhe os 11 jogadores com mais internacionalizações pelas respetivas seleções, de todos aqueles que estão convocados para a fase final deste Campeonato da Europa. Hoje começamos com o 11.º dessa lista, curiosamente um jogador português: Pepe.

Pepe

Portugal, 115 jogos

Aos 38 anos é um dos pilares da equipa e um dos trunfos de Fernando Santos para revalidar o título europeu.

Natural de Maceió, no Brasil, viu o Corinthians Alagoano abrir-lhe as portas para crescer como jogador e, com apenas 17 anos, mudou-se para Portugal à procura da sua sorte na Europa. E que carreira brilhante estava destinada a Képler Laveran de Lima Ferreira.

Bastaram-lhe três épocas no Marítimo para justificar o salto para um clube de maior dimensão. Com 18 anos ainda treinou à experiência em Alcochete, numa altura em que todas as atenções do Sporting estavam concentradas noutro jovem talento, um tal de Cristiano Ronaldo, mas os responsáveis leoninos decidiram não avançar para a sua contratação e foi o FC Porto que, mais tarde, se antecipou à concorrência.

Chegou ao Dragão em 2004/05, sagrou-se bicampeão nacional nos três anos que passou na Invicta e deu provas de que tinha valor para jogar em qualquer equipa do mundo. Foi quando surgiu o poderoso Real Madrid a assegurar o passe do central por 30 milhões de euros, um valor surpreendente em 2007 mas que foi justificado em campo até ao último cêntimo.

Após uma década em Madrid, onde continuou a conquistar títulos, entre os quais três Ligas dos Campeões, passou uma época e meia na Turquia, ao serviço do Besiktas, antes de regressar ao FC Porto, que defende há três temporadas e meia nesta segunda passagem.

Sob o comando técnico de Sérgio Conceição, Pepe tornou-se capitão de equipa e o maior símbolo da mística portista em campo, sendo decisivo para a conquista do campeonato e da Taça de Portugal de 2019/20.

Também em 2007, ano em que se transferiu para Espanha, Pepe adquiriu a nacionalidade portuguesa e, em novembro, num empate a zero frente à Finlândia, ouviu A Portuguesa com a camisola da seleção nacional vestida. Foi a primeira de 115 internacionalizações, nas quais apontou sete golos, um percurso que inclui as participações nas fases finais dos Europeus de 2008, 2012 e 2016, e dos Mundiais de 2010, 2014 e 2018, e que teve como pontos altos a conquista do Euro’2016 – uma exibição de sonho na final diante da França valeu-lhe a eleição de melhor em campo pela UEFA – e a Liga das Nações em 2018.

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