O selecionador português de futebol de sub-21 projetou hoje uma “semelhança de estilos” entre Portugal e Croácia, que medem forças na quinta-feira, em jogo da jornada inaugural do Grupo D do Campeonato da Europa da categoria.
“É uma equipa muito semelhante à nossa em termos de características, com jogadores bastante evoluídos tecnicamente. Para mim, o [Luka] Ivanusec será o melhor jogador em desequilíbrio com bola, mas têm vários atletas que nos chamam a atenção quanto à qualidade de execução”, analisou Rui Jorge, em videoconferência de imprensa.
A equipa das ‘quinas’ defronta a Croácia na quinta-feira, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Bonifika, em Koper, na Eslovénia, com arbitragem do polaco Bartosz Frankowski, logo após o encontro de abertura do Grupo D entre Inglaterra e Suíça.
“Alguns jogadores não conseguiram treinar na segunda-feira em conjunto com os seus colegas, mas no treino de ontem [terça-feira] toda a gente me pareceu capaz para dar o seu contributo. Não estou preocupado com o estado físico. Uma vantagem que temos agora são as cinco substituições e isso dá algum conforto aos treinadores”, frisou.
Finalista vencida em 1994 e 2015, a equipa das ‘quinas’ terá de ficar numa das duas primeiras posições da ‘poule’ para entrar na ronda eliminatória (quartos de final, meias-finais e final), destinada às oito melhores seleções, entre 31 de maio e 06 de junho.
“A minha desilusão será se, no final destes três jogos, sentir que a equipa não exprimiu aquilo que tem potencial para fazer. Se o fizermos e alguém conseguir ser melhor, é evidente que não ficaremos satisfeitos, mas teremos de saber lidar com essa situação. Em termos pontuais, logicamente que o objetivo é passar aos quartos de final”, agregou.
Portugal efetuou apenas três treinos na véspera do duelo com a Croácia, nos quais o selecionador apelou à organização da equipa para ganhar superioridade na vertente individual e coletiva, enquanto aprimorava “lances de bola parada e esquemas táticos”.
“Costumamos ter dois ou três jogos particulares antes das fases finais. Desta vez não os tivemos e isso retirou-nos a possibilidade de vermos jogadores que ainda não tinham estado no grupo e poderiam estar aqui. É um bocadinho penoso para nós e para alguns deles, até porque fica mais complicada a sua chamada a uma fase final”, lamentou.
Recusando comparar as gerações que tem encontrado ao longo da última década, Rui Jorge elegeu como “o mais complicado” definir esta lista de 23 convocados, que já viu João Mário e Gonçalo Ramos substituírem os lesionados Jota e Rafael Leão no ataque.
“Não tive nenhuma conversa particular com eles. Sabem que a opção inicial não recaiu sobre eles, mas que recaiu desta vez e que poderia ter recaído sobre muitos outros. Não senti animosidade da parte deles e integraram-se muito bem, tal como estava à espera. Não é fácil pertencer a este grupo e quem chega cá deve sentir orgulho nisso”, concluiu.
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