O selecionador português de sub-21 de futebol, Rui Jorge, encara nova participação no Europeu da categoria com a “ambição natural” de Portugal mostrar qualidade similar à da qualificação, de forma a obter bons resultados.
“[Encaramos] Com a ambição natural de um grupo de bons jogadores, que se exibiu a bom nível no apuramento. A ambição é mesmo essa, é conseguir exibir-nos da mesma forma que fizemos durante o apuramento. As equipas serão diferentes, de maior grau de dificuldade, mas, se mantivermos os níveis, acredito que consigamos demonstrar a nossa qualidade e ser fortes em termos de jogo”, disse o técnico, em entrevista à Lusa.
Na Cidade do Futebol, em Oeiras, numa entrevista realizada antes da ida da equipa das ‘quinas’ para Tbilissi, Rui Jorge salientou os objetivos que pretende ver concretizados durante a fase final do torneio continental, após duas finais perdidas em três provas como selecionador luso (2015 e 2021), a que se acresce a final de 1994.
“Sentir-me-ia defraudado se fôssemos para a prova e não conseguíssemos demonstrar a qualidade que temos enquanto equipa, independentemente de conseguirmos vencer o torneio ou não, mas era um passo muito importante para conseguir bons resultados. Acho que uma coisa não está dissociada da outra e eu tenho de me preocupar com a primeira para conseguir a segunda. Sempre foi o meu foco nestes anos todos”, afirmou.
Outra intenção da equipa sub-21 portuguesa é ‘agarrar’ uma das três vagas disponíveis para os Jogos Olímpicos Paris2024, das quais se excluem a França, enquanto anfitriã, e a Inglaterra, inelegível, de forma a repetir Rio2016 e, ainda como jogador, Atlanta1996.
“Adoro os Jogos Olímpicos. Adorei ter participado enquanto jogador e nesta última vez, já como treinador dos sub-21. Não é o mais importante na carreira de um futebolista, mas é um marco importante enquanto desportista, enquanto alguém que pratica uma atividade e que se habituou a ver grandes nomes do desporto mundial nessa prova. É uma prova ‘rainha’ para muitas outras modalidades, que não a nossa, mas fazer parte desse evento é, de facto, extraordinário”, expressou o ex-defesa esquerdo, de 50 anos.
Portugal estreia-se frente à anfitriã Geórgia, que, apesar do apuramento automático, é “uma boa equipa” e estão “bastante motivados para fazer um excelente Europeu”, com os restantes rivais no grupo, Países Baixos e Bélgica, a ter alguns jogadores de renome.
“Temos jogadores a jogar em excelentes patamares também, mas, muitas vezes, existe o desconhecimento das outras equipas. Por isso, tento sempre reforçar esta ideia. Nós temos uma belíssima equipa, constituída por belíssimos jogadores, mas vamos para um sítio onde eles abundam”, alertou Rui Jorge, sobre os possíveis ‘obstáculos’ no torneio.
A 24.ª edição do Campeonato da Europa de sub-21 vai ser disputada em três cidades da Geórgia e duas da Roménia, de quarta-feira a 08 de julho, com Portugal em busca do seu primeiro êxito nesta categoria, após as derrotas nas finais de 1994, 2015 e 2021.
A equipa das ‘quinas’ cumprirá os três desafios do Grupo A na capital georgiana, Tbilissi, sempre pelas 20:00 locais (17:00 em Lisboa), frente aos estreantes anfitriões (na quarta-feira), aos Países Baixos, campeões em 2006 e 2007 (no próximo sábado), e à Bélgica (27 de junho).
Portugal precisa de terminar numa das duas primeiras posições da ‘poule’ para aceder à fase seguinte do Europeu de sub-21, que reúne 16 finalistas pela segunda vez seguida e cuja decisão está prevista para 08 de julho, na Adjarabet Arena, em Batumi, Geórgia.
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