O selecionador inglês de futebol de sub-21 antecipou ontem o embate com Portugal, no domingo, em Ljubljana, da segunda jornada do Grupo D do Campeonato da Europa da categoria, como o “maior teste de todos”.

“O próximo jogo é sempre o mais importante, mas, quando estás num torneio desta dimensão, isso aumenta. Se é importante para mim? É para os sub-21 da Inglaterra, que não vão cair sem lutar”, partilhou Aidy Boothroyd, em videoconferência de imprensa.

Vencedora em 1982 e 1984, a seleção dos ‘três leões’ defronta a equipa das ‘quinas’, finalista vencida em 1994 e 2015, este domingo, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, na capital da Eslovénia, com arbitragem do francês François Letexier.

A Inglaterra procura recuperar do desaire surpreendente com a Suíça (1-0), enquanto Portugal tenta capitalizar o triunfo sobre a Croácia (1-0) e pode apurar-se já para a ronda eliminatória, caso vença os ingleses e os helvéticos não percam com os croatas.

“Viemos cá com um plano de vencer dois dos três encontros, idealmente três, algo que já não vai acontecer. Contudo, ainda estamos no caminho certo e temos de nos assegurar que estaremos recuperados e preparados para o próximo jogo”, apontou Aidy Boothroyd.

Movidos pelas conquistas do Mundial de sub-20 e do Europeu de sub-19 em 2017, os ingleses chegaram ao Campeonato da Europa de sub-21 com o estatuto de favoritos, embora o golo do suíço Dan Nodye na quinta-feira tenha ajudado a refrear expectativas.

“Foi um jogo dececionante por vários motivos. Somos uma equipa que se orgulha de um futebol criativo e da quantidade de golos. É importante não ficarmos de mau humor e a pensar nas coisas, mas também há que extrair aprendizagens desta situação”, vincou.

A derrota frente à Suíça deixou a Inglaterra “um pouco irritada” e o treinador fez questão de “lembrar os jogadores sobre o quão é importante manter o estilo de jogo tradicional”, visível numa qualificação invicta, com 28 pontos em 30 possíveis, e 34 golos marcados.

“Tivemos um percalço no caminho, mas, se fosse fácil, não valeria a pena. Esta situação faz parte do crescimento dos nossos jogadores. A oportunidade está aí e todos sabem da importância do momento. Se estamos cá para ganhar jogos, temos de marcar”, apelou.

Aidy Boothroyd reconhece que Portugal apresenta “pontos fortes que podem trazer problemas” à Inglaterra, desde logo pela hipótese de variar a estrutura “entre o 4-3-3 e o 4-4-2 losango”, além da presença de “jogadores magníficos com a bola nos pés”.

“O Dany Mota e o Francisco Trincão são muito bons atacantes e boa parte da equipa alinha no Wolverhampton. Estamos bem atentos a essa qualidade”, concluiu, mostrando-se “afortunado por trabalhar com os melhores jogadores da Europa e do mundo”.

Depois de ter contabilizado apenas um remate à baliza diante da Suíça, o selecionador inglês já tinha prometido uma estratégia mais ofensiva frente a Portugal, que incluirá a estreia absoluta do dianteiro Noni Madueke, de 19 anos, no escalão de esperanças.

“Estou muito feliz e animado pelo meu primeiro jogo neste nível. Tive de assistir à última partida no banco desde o minuto zero até aos 90, mas espero que amanhã [domingo] possa mostra o que sei fazer”, desejou o futebolista dos holandeses do PSV Eindhoven.