O futebolista Henrique Araújo considerou hoje que a renúncia de Fábio Carvalho à seleção portuguesa de sub-21 foi “surpreendente” para o grupo, mas respeita a “decisão muito pessoal” do extremo dos ingleses do Liverpool.

“Foi um pouco surpreendente, para nós. Neste tipo de coisas, o que é importante é o jogador em questão sentir-se bem. E se o Fábio sentiu que o melhor para ele seria não estar aqui, ou não continuar connosco na seleção de sub-21, acho que é uma decisão muito pessoal”, disse o avançado, em conferência de imprensa realizada em Lagos, no Algarve, onde a seleção prepara dois jogos particulares, com República Checa e Japão, ambos marcados para Portimão, com vista à participação no Europeu de 2023.

O jogador do Liverpool “decidiu abdicar de representar” a seleção portuguesa de sub-21, informou na segunda-feira a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), esclarecendo que a decisão do jogador foi comunicada através de “algumas mensagens SMS”.

“Temos de aceitar, respeitar e, quem vier, aproveitar a oportunidade. Porque quando sai um jogador acaba por entrar outro e é uma oportunidade para outro jogador”, acrescentou Henrique Araújo sobre o tema.

Além de Fábio Carvalho, a convocatória para estes dois encontros registou outras duas baixas – o guarda-redes Francisco Meixedo (FC Porto) e o médio David da Costa (Lens) –, ambas por lesão, tendo sido chamados o guarda-redes Gonçalo Tabuaço (BSAD), o central Eduardo Quaresma (Hoffenheim, da Alemanha) e o extremo Tiago Gouveia (Estoril).

O avançado salientou que Portugal está a preparar as partidas com República Checa e Japão “como se fosse um jogo de qualificação”.

“Sabemos da importância que é prepararmos, tanto individual como coletivamente, a equipa para o Europeu. É uma oportunidade para melhorarmos enquanto equipa e chegarmos da melhor maneira preparados ao Europeu”, afirmou.

Na fase final do Europeu de sub-21, em 2023, Portugal integra o Grupo A, defrontando Geórgia (21 de junho), Países Baixos (24) e Bélgica (27).

“O maior objetivo é ganhar o título europeu. É isso que vamos tentar fazer. Entrar em campo a mostrar o nosso valor e a nossa qualidade e, depois, os resultados serão o que serão. Vamos tentar chegar o mais longe possível”, sublinhou Henrique Araújo, frisando que os portugueses têm de estar “preparados, atentos e concentrados para ultrapassar este grupo difícil”.

O avançado do Benfica abordou também a relação com os outros dois colegas do grupo que partilham a posição ‘9’ em campo, Fábio Silva (Anderlecht, da Bélgica) e Vitinha (Sporting de Braga).

“A dinâmica é muito boa. Já nos vamos conhecendo e, como já é o segundo ano de sub-21 em que jogamos juntos, acaba por ser fácil jogar com jogadores deste nível. O Fábio, no Anderlecht, anda a marcar muitos golos, o Vitinha também no Braga. Acaba por ser fácil relacionar-me com eles, tanto dentro do campo como fora, e isso só é bom para a nossa seleção”, afirmou.

Henrique Araújo referiu ainda que tem aproveitado as oportunidades no Benfica, que atravessa um momento “muito bom”, para se mostrar ao selecionador, somando dois golos, ambos na Liga dos Campeões, em 10 jogos pela equipa principal, e três tentos pela equipa B dos ‘encarnados’.

“Estamos aqui pelo trabalho que desenvolvemos nos clubes. É isso que tento fazer sempre que tenho minutos e oportunidades de tentar ajudar a minha equipa da melhor maneira. As chamadas à seleção revelam um pouco isso. O ‘mister’ anda atento e olha para aquilo que fazemos no clube”, concluiu.

Portugal defronta República Checa e Japão nos dias 18 e 22 de novembro, respetivamente, ambos os jogos no Estádio Municipal de Portimão, às 19:15.

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