Portugal está a um triunfo da fase final do Europeu de sub-21, depois de vencer a Bielorrússia por 3-0, no Estádio Municipal de Portimão. Fábio Vieira, Gonçalo Ramos, todos de penalti, e um autogolo de Prishchepa fizeram os tentos do triunfo dos lusos, que ainda vão jogar no dia 15 com o Chipre e dia 18 com a Holanda.

No Estádio Municipal de Portimão, Rui Jorge optou por escolher um grupo de jogadores com dinâmicas, que já se conhecem e jogam juntos há muito tempo. Nuno Mendes era o 'estranho' na defesa, formada pelos Diogos formados no FC Porto: Costa na baliza, Dalot, Leite e Queiroz. No meio-campo, os dois ex-Benfica Florentino e Gedson, com Fábio Vieira e Vitinha, dois vencedores da UEFA Youth League pelos 'dragões' em 2019. Jota e Dany Mota na frente, com Rafael Leão e Pedro Gonçalves no banco.

Já a Bielorrússia chegou muito desfalcada. Apenas 16 jogadores na ficha de jogo e só cinco suplentes. Entraram bem, com bola, a tentar surpreender mas, no primeiro ataque, Portugal marcou. Gedson entendeu-se às mil maravilhas com Jota na direita, o extremo cruzou tenso para a área. E tenso deve ter ficado Prishchepa que desviou para a própria baliza. Feito o primeiro, era uma questão de tempo até aparecer mais golos.

A melhor capacidade técnica e tática de Portugal ficava patente no domínio do jogo, com os jovens sub-21 lusos instalados no meio-campo contrário. Fábio Vieira e Dalot entendiam-se bem na direita, Nuno Mendes, mais resguardado, deixava a esquerda para Gesdon e Jota. Dany Mota dava mobilidade e presença na área, os centrais jogavam no meio-campo contrário.

Das várias ameaças ao golo, era só questão de tempo. Fábio Vieira e Jota falharam duas oportunidades mas o jovem médio do FC Porto não desperdiçou aos 19 minutos, na conversão de uma grande penalidade, por mão na bola de Shkurdyuk.

Dez minutos depois, Fábio Vieira ficou a milímetros do bis. Num livre direto, rematou colocado, a bola bateu no poste e depois Diogo Queiroz falhou a recargar por pouco.

O único lance de perigo dos bielorrussos nasceu de uma perda de bola de Florentino. Mas o médio recuperou e, na hora certa, fez um corte fantástico, quando Bogomolski já estava na área de Diogo Costa.

Ao intervalo, Rui Jorge lançou Pedro Gonçalves no lugar de Fábio Vieira, já a pensar também nos próximos jogos. Os sub-21 de Portugal jogam no dia 15 de novembro, no Estádio Municipal da Bela Vista, no Parchal, frente ao Chipre, três dias antes de receber a Holanda neste Estádio Municipal de Portimão.

O segundo tempo arrancou com um cruzamento traiçoeiro de Nuno Mendes, que bateu no poste, aos 48 minutos, e num desperdício de Dany Mota, perante o guarda-redes Pavlyuchenko. Aos 61, nova intervenção decisiva de Pavlyuchenko, a travar um remate de Jota na área. Na recarga, Dany Mota atrapalhou-se e não conseguiu tocar na bola e fazer golo. Aos 67, nova defesa apertada, a remate de Diogo Dalot. Só dava Portugal.

Rui Jorge aproveitou para refrescar a equipa, com as entradas de Joelson e João Mário nos lugares de Jota e Diogo Dalot. Aos 75 minutos, estreou o avançado Gonçalo Ramos, do Benfica, numa altura em que também lançou Daniel Bragança, nos lugares de Vitinha e Dany Mota.

Diogo Costa, que tinha feito a primeira defesa aos 57 minutos, a remate de Grechikho, voltou a mostrar atenção aos 79, após tiro de longe de Bogomolsky.

O 3-0 só chegaria de grande penalidade, aos 90 minutos. Joelson sofreu falta na área, Gonçalo Ramos assumiu e estreou-se nos sub-21 logo com um golo. Minuto antes tinha falhado um golo de baliza aberta.

O jogo terminou com duas oportunidades, uma para cada lado: Daniel Bragança rematou fraco, num lance de muita cerimónia dos jogadores lusos na área contrária; respondeu Diogo Costa a fazer a sua terceira defesa da noite, num livre direto que levava selo de golo.

Após oito jogos, Portugal ocupa o segundo lugar do grupo 7 de qualificação para o Euro2021, com 21 pontos, menos três do que os Países Baixos. A Noruega é terceira colocada, com 10 pontos, à frente de Bielorrússia, com oito, Chipre, com sete, e Gibraltar, ainda sem pontuar.

Apuram-se para a fase final do Campeonato da Europa de 2021, que decorrerá na Hungria e na Eslovénia, os vencedores dos nove grupos de qualificação e os cinco melhores segundo classificados, aos quais se juntarão os dois anfitriões.