Os espanhóis, que em 1960 desistiram nos “quartos”, garantiram à UEFA que receberiam bem os soviéticos e cumpriram, mas isso não limitou a seleção na hora de os bater por 2-1 na final, no Santiago Bernabéu, em Madrid.
O avançado do Saragoça Marcelino marcou o golo que selou o cetro dos espanhóis, aos 83 minutos, com um cabeceamento imparável, mesmo para Lev Yashin, depois de uma jogada iniciada em Luis Suarez e continuada por Jesus Pereda.
Este tento desfez a igualdade “escrita” nos 10 minutos iniciais de um embate presenciado por 79.115 espetadores: Pereda colocou os anfitriões em vantagem, aos seis minutos, e Galimzian Khusainov empatou, aos oito, de livre direto.
Foi um título muito complicado para os espanhóis, que também penaram nas meias-finais, fase em que só superaram a Hungria no prolongamento, por 2-1, graças a um golo de Amâncio Amaro, aos 115 minutos.
Pereda, um dos melhores elementos do “onze” de Jose Villalonga, juntamente com Suarez, Amâncio, Feliciano Rivilla, Fernando Olivella ou Ignacio Zoco, adiantara os locais, aos 35 minutos, mas, aos 84, Ferenc Bene restabeleceu a igualdade.
Na corrida à fase final, a equipa anfitriã ultrapassou a Roménia (6-0 em casa e 1-3 fora), na primeira eliminatória, a Irlanda do Norte (1-1 e 1-0), na segunda, e a República da Irlanda (5-1 e 2-0), nos quartos de final.
Por seu lado, e antes de cair perante a Espanha, a União Soviética venceu por 3-0 a Dinamarca, nas meias-finais, com golos de Valery Voronin, Viktor Ponedelnik e Valentin Ivanov, em Barcelona.
No jogo de consolação, os húngaros conseguiram o terceiro posto, ao vencerem os “vikings” por 3-1, num embate resolvido por Deszo Novak, que “bisou” no prolongamento (107, de grande penalidade, e 110).
Na fase final, disputada em Barcelona e Madrid, foram marcados 13 golos, em quatro jogos (média de 3,25 tentos por encontro), tendo o espanhol Jesus Pereda e os húngaros Ferenc Bene e Deszo Novak repartido o título de “rei” dos goleadores (dois tentos).
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