O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) defendeu hoje que Bosingwa tem que «assumir as suas responsabilidades» no incidente com o selecionador Paulo Bento, mas assinalou que o jogador «tem a solidariedade» do organismo.
«Bosingwa tem a solidariedade do sindicato, tal como o selecionador tem o seu respeito. Mas, Bosingwa e Ricardo Carvalho têm que assumir as suas responsabilidades. É uma pena que estejam a viver este problema, independentemente da culpa que tiveram pelas declarações que proferiram», lamentou Joaquim Evangelista, à margem do I Congresso Internacional do Futebol Profissional (Football Talks), em Cascais.
O presidente do SJPF «desejava que isto não tivesse sucedido», em referência à troca de acusações entre Paulo Bento e Bosingwa, que criticou o selecionador pela sua ausência nas últimas convocatórias da seleção e motivou a resposta do técnico, segundo a qual prescindiu do defesa por aquele ter simulado uma lesão durante um estágio da seleção.
«É preciso criar plataformas de diálogo e não dividir. Gostava que estivéssemos a festejar o apuramento e não a discutir os casos do Bosingwa ou do Ricardo Carvalho», assinalou Evangelista, considerando que Paulo Bento tem legitimidade para deixar o jogador Chelsea fora dos eleitos para o Europeu de 2012: «Paulo Bento tomará as decisões que entender e ninguém vai confrontá-lo com elas».
O dirigente sindical entende que o selecionador português «saberá tomar as melhores decisões» e formulou o desejo de que «Ricardo Carvalho e Bosingwa façam parte das soluções para o futebol português».
Por seu lado, o antigo internacional João Vieira Pinto, que até há pouco tempo desempenhava as funções de vice-presidente do SJPF, defendeu que Bosingwa «faz falta a Portugal, como todos os bons jogadores», qualificando o incidente de «dispensável».
«Acho que as pessoas devem conversar antes de virem para a comunicação social expor os seus pontos de vista, embora agora talvez seja tarde para isso. Existem valores mais altos, como a estabilidade da seleção nacional e os interesses do futebol português», assinalou.
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