A praça, inaugurada em 2012, no ano da Capital Europeia da Cultura e localizada na confluência da Avenida Conde de Margaride e da Rua Paio Galvão, no espaço onde funcionava o antigo Mercado Municipal, acolheu cerca de um milhar de pessoas, entre elas João Marques, que, no final do jogo, considerou a vitória lusa com o resultado que seria justo.
“Toda a gente estava a contar que Portugal ganhasse. Merecíamos ganhar, sem dúvida nenhuma, só que tivemos infelicidade. Jogámos muito mais do que eles. Eles apenas mostraram ser mais fortes do que Portugal na defesa”, afirmou, acrescentando que o penálti, falhado por Cristiano Ronaldo, aos 79 minutos, foi decisivo.
Já Diana Ribeiro referiu que o jogo "foi sofrido" e "um bocado triste no final", afirmando que "faltou a ‘estrelinha da sorte'", mas mostrou-se crente de que Portugal ainda vai acabar o grupo "em primeiro, com cinco pontos".
Vítor Lopes também revelou confiança no apuramento para os oitavos de final, com Ronaldo a marcar os "golos que até agora não fez", após um jogo que acabou por ser frustrante, face às várias oportunidades desperdiçadas.
"Acredito que possamos passar, mas, com o decorrer do jogo, fui-me sentindo frustrado. À medida que o jogo se aproximava do fim, eu esperava que o golo viesse, mas ele não veio, e isso mexe sempre com uma pessoa", disse.
Os primeiros adeptos da seleção chegaram ao recinto cerca de duas horas antes do apito inicial, preenchendo uma das esplanadas, repletos de confiança no triunfo português, apontando o 2-0 como o resultado mais provável.
"Quem conseguir que marque. Claro que o pessoal gosta sempre do Ronaldo e quer que ele se estreie. A gente também tem estado entusiasmada com o Quaresma. Vamos ver", disse Cláudia Sousa, com Luís Cunha, ao lado, a prever os mesmos marcadores num jogo em que Portugal, a seu ver, era "obrigado a arriscar".
Outros adeptos da equipa das ‘quinas' alertaram para a necessidade de operar alterações no ‘onze', com Hélder Oliveira, mais comedido no prognóstico (1-0), a defender as entradas de Quaresma e Renato Sanches em detrimento de João Mário e Nani.
O jogador do Besiktas foi mesmo uma das novidades na equipa titular, a par de William Carvalho, e a praça, com o aproximar das 20:00, adquiriu um tom mais avermelhado, fruto dos cachecóis, camisolas e bandeiras que os vimaranenses exibiam.
A emoção vivida no hino nacional, entoado em uníssono, aqueceu o ambiente para uma primeira parte em que os vimaranenses tiveram de suprimir várias ‘explosões' de alegria, apesar de se ter gritado “golo” num remate de Ronaldo, a passe de Raphael Guerreiro, que deu a sensação de ter entrado.
O intervalo chegou com um ‘nulo' no marcador, após muito desperdício de Portugal na finalização, mas a crença vimaranense no triunfo mantinha-se intacta, com Sara Pinto a vaticinar golos de Quaresma e Nani numa segunda parte em que Portugal ia "atacar mais".
A Plataforma das Artes quase voltou a irromper em festejos nas duas oportunidades de Ronaldo, no início do segundo tempo, mas o ambiente ‘arrefeceu' depois, à medida que a seleção mostrava mais dificuldades para alvejar a baliza austríaca.
Nova ocasião soberana para apontar o golo inaugural surgiu, com a grande penalidade, aos 79 minutos, e todos se colocaram de pé num ápice, prontos para celebrar um golo de Ronaldo que não aconteceu por centímetros. Bola no poste direito.
A alegria foi, pouco depois, novamente frustrada, após o fora de jogo assinalado ao golo de Ronaldo, não mais se libertando das cordas vocais de cada um dos presentes.
"Vamos ter de sofrer outra vez até ao fim. Português sofre até ao fim", desabafou Vítor Lopes, após o apito final.
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