Álvaro Santos Pereira, deu a receita para o combate ao défice e dívida externos de Portugal há poucos meses. O ministro da Economia deixou um exemplo de produto nacional que devia ser mais valorizado lá fora: "os nata". João Chagas e Duarte Costa anteciparam-se ao governo e já estão na Polónia a vender pastéis de nata há dois anos.
Numa rua discreta de Poznan, na Polónia, esconde-se o “Bom Dia-Smaki Portugalii”, gerido por dois jovens empresários lusos. Esta fábrica de pastéis de nata, entre outros produtos portugueses, tem servido para mostrar aos polacos um pouco do sabor de Portugal.
Duarte Costa, do Porto, vive na Polónia há quatro anos, assim como o seu amigo João Chagas, de Leiria, mas só há dois anos é que se lembraram de “montar” um negócio, encontrando no pastel de nata uma fórmula de sucesso.
O passo seguinte destes dois amigos foi claro: contatar os bares e restaurantes do centro da cidade e centros comerciais estratégicos para mostrar a potencialidade de um doce português. Diariamente mais de 250 pastéis de nata para vários espaços comerciais, depois de terem passado por 3 a 4 meses de burocracia para montar um negócio na Polónia.
Sem nunca ter arriscado em criar um estabelecimento em Portugal, Duarte Costa conta ao SAPO Desporto que, por se tratar de um negócio recente, ainda estão a amortizar os prejuízos. Confiante no produto nacional e na adesão dos polacos, este portuense está esperançado quanto à prosperidade do negócio.
Acreditando no valor acrescentado do pastel de nata, e na seleção nacional, que por estes dias está instalada a 40 quilómetros de Poznan, Duarte Costa daria um doce a Cristiano Ronaldo, por tudo o que fez no último jogo com a Holanda.
Antes da chegada da seleção nacional, João Chagas e Duarte Costa visitaram a cidade de Opalenica, para tratarem de saber da possibilidade de integrar o pastel de nata nos bares e restaurantes da zona. A localização e a distância até à fábrica não animaram estes dois amigos.
Devido à dieta rigorosa dos jogadores portugueses, Duarte Costa acredita que este produto nacional não poderia ser integrado no menu do Hotel Remes, em Opalenica.
«É um produto de motivação, mas o Paulo Bento não deixaria», disse, animado, o portuense.
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