A fase de grupos do Europeu de futebol de 2016 rendeu 69 golos (média de 1,92 por encontro), sendo que 15, correspondentes a 21,7 por cento, aconteceram a partir dos 85 minutos e 10 deles tiveram influência pontual.
O estreante País de Gales e a Hungria, que não comparecia desde 1972, foram, surpreendentemente os melhores ataques, com seis golos, merecendo destaque os três do galês Gareth Bale, um em cada jogo, e os três dos magiares a Portugal, no jogo com mais golos (seis) – em nenhum outro se marcaram, sequer, cinco.
Em termos individuais, também o espanhol Alvaro Morata faturou em três ocasiões, sendo que a Espanha marcou cinco, tal como a Croácia. Do lado oposto, destaque pela negativa para a despedida sem golos da Ucrânia, que sofreu cinco.
Por seu lado, e depois de não ter marcado nos dois primeiros jogos, o português Cristiano Ronaldo faturou a dobrar no terceiro, face aos húngaros, e tornou-se o primeiro jogador a marcar em quatro Europeus e em sete fases finais.
O ‘capitão’ da seleção lusa colocou-se também a apenas um tento do francês Michel Platini, que lidera a lista dos marcadores da história dos Europeus desde 1984, ano em que marcou nove tentos, faturando em todos os jogos dos gauleses, rumo ao título.
Ronaldo marcou os seus tentos aos 50 e 62 minutos, não contribuindo para a ‘febre’ goleadora dos últimos minutos: foram marcados 19 golos a partir dos 80 minutos e 15 desde os 85, entre os quais sete já em período de descontos.
Entre as equipas que faturaram a fechar, destaque para a França, que construiu assim os seus triunfos, face à Roménia (Dimitri Payet fez o 2-1 aos 89 minutos) e à Albânia (Antoine Griezmann fez o 1-0 aos 90 e Payet o 2-0 aos 90+6).
O último golo em período de descontos foi da Islândia, de Arnor Trautason, e valeu a Portugal não ter que encontrar a Inglaterra nos ‘oitavos’ e, depois, provavelmente, a França nos ‘quartos’ e a Alemanha, a Espanha ou a Itália nas ‘meias’.
No que respeita a golos prematuros, apenas dois aconteceram antes dos 10 minutos: marcaram o suíço Fabian Schär, aos cinco, face à Albânia (1-0), e o espanhol Alvaro Morata, aos sete, não evitando o desaire por 2-1 com a Croácia.
Destaque ainda para o facto de Nani ter apontado o 600.º golo na história das fases finais do Europeu, no embate com a Islândia (1-1). Entretanto, a contabilidade já subiu para os 648, o último da responsabilidade do irlandês Robbie Brady.
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