O nível de preparação da Polónia com vista ao Europeu de futebol de 2012 é considerado bom, mesmo ao nível de Portugal, afirmou hoje o diretor de torneios da UEFA, Martin Kallen.
Em 2007, a UEFA escolheu surpreendentemente, ao invés das fortes candidaturas de Itália e da conjunta Hungria/Croácia, a candidatura conjunta da Polónia e da Ucrânia, a primeira edição de um Europeu para lá da ex-Cortina de Ferro.
Enquanto a Polónia parece estar praticamente preparada para acolher a prova, a Ucrânia tem sido muito criticada pelos atrasos e por problemas nas infraestruturas.
«O nível de preparação da Polónia é bom. Está muito próximo do de Portugal (2004) em termos de infraestruturas e um pouco atrás da organização conjunta da Suíça e da Áustria (2008), mas não é crítico», disse Martin Kallen.
Em resposta às críticas de alguns países ocidentais à capacidade da Polónia em conseguir organizar a prova, Kallen, apesar de reconhecer que «a crítica faz parte do jogo», lembrou que os organizadores dos campeonatos de 2008 e de 2004, além dos mundiais de 2006 (Alemanha) e de 2010 (África do Sul), estiveram igualmente sob pressão.
Sublinhando que será necessário trabalhar a fundo nos próximos seis meses, Kallen destacou o facto de os estádios polacos se encontrarem praticamente prontos, os aeroportos a 90 por cento e as infraestruturas de transportes nas cidades à volta de 80/85 por cento.
A organização do Europeu significa muito mais para a Polónia do que acolher cerca de um milhão de adeptos durante as três semanas do torneio.
No total, os investimentos representam cerca de 20 mil milhões de euros, 90 por cento dos quais provenientes dos fundos públicos, cuja metade provem da União Europeia, da qual a Polónia faz parte desde 2004.
A maior parte dos projetos não se relacionam diretamente com o desporto e menos de cinco por cento estão relacionados com os estádios de futebol.
O sorteio para a fase final do campeonato da europa de 2012, que integrará a seleção portuguesa, realiza-se na próxima sexta-feira, em Kiev.
Já a Ucrânia, apesar de ter finalmente inaugurado os dois últimos estádios, tem dado razão às inímeras críticas que tem recebido.
O estádio de Kiev (70.000 pessoas) teve problemas no primeiro encontro disputado depois de três anos de reconstrução, devido ao mau funcionamento de algumas infraestruturas, enquanto o de Lviv, novo e mais pequeno (33.000), não apresenta problemas, mas os adeptos têm de percorrer a pé cerca de três quilómetros depois da paragem do último autocarro.
Os restantes dois recintos, em Donetsk e em Kharkiv, estão operacionais desde 2009, mas os primeiros apresentam problemas em termos de camas: existem 2.700 quartos disponíveis, quando a UEFA exige 5.500.
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