Paulo Bento é o homem certo para comandar Portugal no Euro2012 e o país deve apoiar as suas escolhas, sem «fantochadas» de bandeiras à janela para estar ao lado da equipa, defende o antigo futebolista Sérgio Conceição.
Numa entrevista à agência Lusa, Sérgio Conceição falou do «orgulho» que teve ao representar a seleção e afirmou que Paulo Bento é «um português de gema» que sabe o que é defender as cores do país e esse facto deve bastar para todos estarem ao lado da equipa que estará na Polónia e Ucrânia.
«Temos que estar é juntos com as escolhas que o Paulo fez, estar com a seleção, estarmos de acordo e acreditar numa pessoa que tem mérito e valor para estar à frente da seleção nacional», afirmou o agora treinador do Olhanense, que optaria por dois ou três jogadores diferentes na convocatória, mas mantinha a base.
Para Sérgio Conceição, «o fundamental é apoiar as escolhas» de Paulo Bento, a quem os portugueses devem dar «a maior força», para que a equipa sinta o apoio do país.
«Não precisamos das bandeirinhas na janela para dar força à seleção, porque temos um homem a comandar a seleção que é um português de gema, que jogou na seleção, e isso, por si só, tem que trazer um sentimento de apoio enorme. Não é preciso andar com fantochadas para tentar meter as pessoas todas do lado da seleção», acrescentou.
O treinador afastou-se, assim, da marca do brasileiro Luiz Felipe Scolari, selecionador que levou Portugal à final do Euro2004 e às meias-finais do Mundial2006 e em cujo consulado Sérgio Conceição deixou de fazer parte das escolhas do técnico «sem uma justificação».
Conceição considera ainda que a estrutura dirigente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tem agora à sua frente homens como Humberto Coelho ou João Vieira Pinto, ou o próprio presidente Fernando Gomes, que «compõem o grupo ideal para que o futebol português melhore» e evolua.
«Fiquei muito contente por ter estas pessoas à frente da federação, porque eu acho que o que faltou à seleção nos últimos tempos foi liderança, dinâmica. Quando se pedia à federação e ao seu presidente para definir certas coisas - e não foi por acaso que houve tantos casos nas seleções -, ele não o fazia, demonstrava um pouco de falta de liderança e colocava tudo nas costas dos selecionadores», disse, numa referência à presidência de Gilberto Madaíl.
Sérgio Conceição sublinhou ainda que sentiu isso quando jogava e considerou que essa situação «não era benéfica para a seleção e para quem estava à sua frente», como jogadores e selecionadores.
«Neste momento, temos uma direção da federação forte, coesa, com as pessoas a remarem todas para o mesmo lado. Isso é muito importante e os jogadores sentem isso», afirmou.
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