Os ‘tubarões’ presentes no Europeu de futebol de 2016 ultrapassaram todos a fase de grupos, com a Rússia, a organizadora do Mundial de 2018, a ser a grande deceção, pelos resultados e o nível exibicional.
Um golo de Vassili Berezutski, aos 90+2 minutos do encontro com a Inglaterra (1-1), evitou o pleno de derrotas, mas não o último lugar do Grupo B, face ao desaire com os estreantes Eslováquia (0-1) e País de Gales (0-3).
Na despedida, os galeses poderiam mesmo ter aplicado uma derrota histórica aos russos, que pareciam estar em campo por favor, tal a aparente falta de vontade que mostraram, a impotência revelada.
Além da Rússia, também foram dececionantes as prestações da República Checa, que só somou um ponto e com um golo sobre o final, face à Croácia (2-2), e da Áustria, última do grupo de Portugal, a única equipa que logrou ‘empatar’ (0-0).
Por seu lado, Suécia também não conseguiu melhor do que ser última no agrupamento de Itália, Bélgica e República da Irlanda, com Zlatan Ibrahimovic a despedir-se em ‘branco’ – o único golo nórdico foi apontado na própria baliza.
Algo surpreendente, foi também o último lugar no Grupo A da Roménia, que começou a quase empatar com a França – sofreu o 1-2 aos 89 minutos, no jogo de abertura – e acabou derrotada por 1-0 pela estreante Albânia, à qual, no entanto, nada valeu este primeiro triunfo histórico.
Além dos albaneses, o outro terceiro classificado que não seguiu em frente foi a Turquia, que perdeu os dois primeiros jogos (0-1 com a Croácia e 0-3 com a Espanha) e, depois, já de nada lhe valeu o 2-0 à República Checa.
Em termos estatísticos, a pior equipa do Euro2016 foi a Ucrânia, que se despediu de França com três desaires e sem conseguir marcar um golo – 0-2 com a Alemanha, 0-2 com a Irlanda do Norte e 0-1 com a Albânia, para um ‘triste’ 0-5.
Quanto às seleções apuradas, destaque para o facto de nenhuma ter conseguido o pleno dos nove pontos: as melhores foram França (Grupo A), Alemanha e Polónia (C) e Croácia (D), todas com sete – dois triunfos e um empate.
Além destas equipas, mantiveram a invencibilidade a Suíça, a Inglaterra e, no Grupo F, de forma surpreendente, a Hungria e a Islândia, todas com uma vitória e dois empates, e ainda Portugal, a única equipa que não ganhou, nem perdeu, e acabou num impensável terceiro posto, quando era o grande favorito.
Destaque ainda para os apuramentos prematuros de Espanha e Itália, que, depois, na terceira jornada, acabaram por perder, sendo que os espanhóis cederam mesmo a liderança do Grupo D, ‘desviando-se’ de Portugal, para encontrar precisamente os transalpinos, numa reedição da final de 2012.
Em termos individuais, brilharam, sobretudo, o galês Gareth Bale, que marcou nos três jogos da fase de grupos, continuando a ‘lenda’ da qualificação, e o gaulês Dimitri Payet, com duas grandes exibições, coroadas com golos tardios – no terceiro, o ‘ferro’ roubou-lhe mais um.
Destaque ainda para o avançado Alvaro Morata, que também apontou três golos, numa Espanha que continua a ser ‘pautada’ por Andrés Iniesta.
Quanto a Cristiano Ronaldo, a grande figura dos Europeus, esteve desastrado na finalização nos dois primeiros jogos, desperdiçando até um penálti, mas reapareceu no terceiro, com dois tentos e uma assistência, que evitaram ‘in-extremis’ o maior ‘desastre’ de Portugal em fases finais.
A seleção lusa logrou, no entanto, seguir em frente e Ronaldo pode reforçar o recorde de jogos em fases finais (17) e igualar os nove tentos do francês Michel Platini como ‘rei’ dos goleadores. Falta-lhe apenas um.
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