Do primeiro-ministro ao presidente da câmara de Kiev, os políticos ucranianos trocaram os seus fatos pelas camisolas amarelas e azuis da seleção nacional, depois desta ter avançado para os quartos de final do Euro2020.

Num final dramático na passada terça-feira, a Ucrânia bateu a Suécia por 2-1 no prolongamento, igualando o melhor registo do país numa grande competição. A última vez que a Ucrânia chegou aos quartos de final foi no Mundial de 2006.

Na quarta-feira, o Primeiro-Ministro Denys Shmygal e cerca de 24 ministros no Conselho de Ministros usaram as camisolas amarelas e azuis da seleção nacional.

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"Felicito e agradeço aos jogadores e treinadores por esta vitória", disse Shmygal na reunião.

"Estas coisas motivam, unem o país, que apoia a nossa equipa com todo o coração".

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, publicou uma imagem sua no Instagram, com a camisola azul da seleção e com os polegares em riste.

"Vamos Ucrânia! Glória aos heróis", escreveu na descrição.

O equipamento da Ucrânia para o Euro2020 lançou polémica no início do mês, deixando Moscovo furiosa devido à camisola mostrar o contorno da Crimeia, anexada pela Rússia.

A Rússia também criticou o lema inscrito no interior das camisolas - "Glória aos heróis!".

O lema - juntamente com "Glória à Ucrânia" - é um cântico patriótico e tornou-se num grito de protesto dos protestantes pró-ocidente que expulsaram um líder apoiado pelo Kremlin em 2014.

Mas o lema trouxe críticas de Moscovo pela sua associação com os grupos nacionalistas da II Guerra Mundial que lutarem contra os nazis, mas também cooperaram com eles.

A UEFA aprovou o design inicialmente, mas depois da queixa formal da Rússia, ordenou a retirada do lema.

Moscovo anexou a Crimeia depois da revolução ucraniana de 2014 e é vista como apoiante dos separatistas pró-Rússia no leste do país, num conflito que já provou a morte de 13 mil pessoas.