Com a seleção nacional em alta, depois do terceiro lugar inédito na Algarve Cup, e da recente participação no campeonato da Europa da categoria, é fácil concluir que o futebol feminino em Portugal tem evoluído a bom ritmo.
Contudo, apesar dos resultados, não quer dizer que a bitola seja coincidente com o grau de desenvolvimento do jogo em Portugal.
De acordo com um inquérito realizado no 'velho continente' e apresentado pelo Sindicato de Jogadores, a conclusão é que o nosso futebol feminino ainda está num patamar completamente diferente de outras realidades.
Em Portugal há apenas duas equipas profissionais, o Sporting e o SC Braga. E das 297 jogadoras que responderam ao inquérito, apenas 33,3% recebem dinheiro para praticar futebol. Ou seja 66% não recebem salário.
Em relação às jogadoras que obtêm rendimento, percebe-se que o valor que auferem não lhes poderia dar o devido sustento. Quase metade das jogadoras inquiridas (46,2%), recebem menos de 100 euros por mês. Apenas 5,1 % admitem receber mais de 1.000 euros.
Tipificando a jogadora portuguesa, é em média jovem e com um grau elevado de escolaridade.
52,1% das jogadores portuguesas têm entre 18-23 anos. Apenas 2,1% têm idade superior a 34 anos. Em relação ao grau de educação, 26% das jogadoras portuguesas admitem ter concluído a licenciatura. Mas a média de idade das jogadoras permite prever que muitas poderão concluir a licenciatura.
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