O treinador da equipa de futebol feminino do Benfica mostrou-se hoje convencido de que as ‘águias' estavam "a fazer um caminho para a história", antes de a temporada ter encerrado precocemente, devido à pandemia de covid-19.

"O Benfica estava a fazer um caminho para a história. Estas atletas iam ficar na história do futebol feminino e do nosso clube", afirmou Luís Andrade, em declarações à BTV, cerca de um mês depois de Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ter cancelado os campeonatos seniores não profissionais desta época, por causa da crise mundial de saúde pública.

Depois de ter vencido a Supertaça no arranque da época, Andrade lembrou que o clube da Luz era o único "que podia ganhar os três títulos em disputa", uma vez que liderava o campeonato, juntamente com o Sporting, ia disputar a final da Taça da Liga, diante do Sporting de Braga, e estava nas meias-finais da Taça de Portugal.

O antigo futebolista, de 46 anos, que assumiu o comando da equipa feminina do Benfica esta temporada, revelou o "sabor amargo" sentido pelas atletas que lidera, mas mostrou-se "convencido de que elas vão regressar ainda mais fortes".

Quanto ao futuro, foi perentório, dando primazia à segurança de todos: "Vai ser tudo gerido passo a passo, esperando que a FPF nos diga quando podemos começar o campeonato. Teremos de retomar com todas as medidas de segurança."

Por outro lado, Luís Andrade, que, enquanto futebolista, representou clubes como Sporting, Benfica, Belenenses, Estoril-Praia, Sporting de Braga ou Académica, salientou a qualidade que existe na formação do clube da Luz, com "várias jogadoras com muitas características para poderem desfrutar do seu futebol no dia de amanhã".

Em 08 de abril, a FPF cancelou os campeonatos seniores não profissionais de futebol e futsal da época 2019/20, devido à pandemia de covid-19, não tendo sido atribuídos títulos de campeão nem aplicado o regime de subidas e descidas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.089 pessoas das 26.182 confirmadas como infetadas, e há 2.076 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.