A FIFA "não apoia nenhum projeto" de Superliga Europeia como a defendida pelo presidente do Real Madrid, mas dialoga com todas as partes, disse esta quarta-feira Gianni Infantino, presidente da entidade que rege o futebol mundial, em visita a Bruxelas.
Segundo o jornal 'The New York Times', o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, propôs, com o apoio de Infantino, criar duas divisões com 20 equipas das cinco maiores ligas europeias (Espanha, Inglaterra, Alemanha, França e Itália). Clubes de outros países também seriam convidados, como o Ajax, da Holanda, e FC Porto Porto, de Portugal.
Esta liga continental fechada, com um sistema de subidas e descidas entre as duas divisões, garantiria jogos espetaculares e grandes remunerações, em detrimento aos campeonatos nacionais, que ficariam sem os seus grandes clubes.
"A FIFA não apoia nenhum projeto", respondeu Infantino ao ser questionado sobre a notícia do 'The New York Times'.
"A FIFA é uma organização aberta, democrática, uma organização com a qual se pode conversar sobre todos os temas (...) Conversamos com todos, mas quando tivermos algo de concreto a apresentar, iremos faze-lo", completou.
Questionado sobre a existência de conversas entre a FIFA e o Real Madrid especificamente sobre este projeto de uma SuperLiga entre os mais ricos da Europa, o dirigente suíço respondeu: "Conversamos com todos e sobre tudo".
A ideia de uma Superliga europeia, que regularmente volta a ser debatida, foi denunciada na terça-feira pela associação de ligas europeias de futebol, que se declaram "cansadas das ameaças procedentes de alguns clubes ricos".
"O futebol profissional de clubes não é uma atividade económica privada, reservada para alguns escolhidos somente pelo tamanho da suas bilheterias", afirmou o presidente da Ligas Europeias, em comunicado.
Este projeto também foi criticado pelo presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, que o considera uma ameaça à Liga dos Campeões.
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