A Associação de Árbitros de Futebol de Angola (AAFA) manifestou-se preocupada com os atos de vandalismo praticados por adeptos das equipas do Petro de Luanda e do 1º de Agosto contra o seu filiado João Goma, na passada quarta-feira, na sequência da expulsão do jogador Ary Papel, por acumulação de cartões amarelos.
Uma nota assinada pelo presidente de direção da AAFA, Manuel da Rosa, indica igualmente que, além da ação protagonizada pelos apoiantes das duas agremiações desportivas, o referido atleta, afeto ao clube 1º de Agosto, também tentou agredir o árbitro internacional João Goma.
"Em função desta situação, a Associação de Árbitros manifesta o seu desagrado com actos de género que vêm acontecendo nos recintos desportivos, particularmente em estádios de futebol, transformando-os em ringues onde apenas se praticam desportos de combates” – realçou.
No mesmo documento, o dirigente defende a necessidade de se reforçar o policiamento nos recintos, sobretudo em desafios deste calibre, onde os intervenientes são as principais equipas do futebol angolano e curiosamente as mais tituladas (15 para o Petro e nove para o 1º de Agosto).
O presidente da AAFA, Manuel da Rosa, reagindo ao incidente, indicou que este tipo de ato de violência "mancha a modalidade e coloca em perigo" a vida de todos aqueles que se deslocam aos recintos desportivos no cumprimento de missões que lhes são superiormente incumbidas.
"Repudiamos este comportamento pouco digno registado no estádio 11 de Novembro e esperamos que as autoridades de direito saibam julgar com clareza este sucedido. Estes atos devem ser exemplarmente punidos civil e criminalmente, senão pode virar moda, o que não é bom para o futebol" – rematou.
Esta ação ocorre um ano depois da agressão ao assistente internacional Júlio Lemos, que foi agredido no estádio 22 de Junho por um adepto do Interclube, para a taça de Angola, num jogo em que esteve envolvido também o Petro de Luanda.
A AAFA, criada em 6 de março de 2003, tem como objetivo a defesa dos interesses da classe e controla mais de 700 juízes.
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