O Santos FC protagonizou neste sábado, em Luanda, o inédito no Girabola2012: quebrou a invencibilidade do líder, Recreativo do Libolo, que levava já 25 jogos sem perder. Os santistas venceram por 4-2, em jogo da 26ª jornada, disputada no estádio dos Coqueiros.
O Libolo, comandante da prova com 59 pontos, “sucumbiu” a vontade do Santos de escapar a linha de despromoção, num jogo em que uma vitória e derrota do segundo classificado (1º de Agosto) diante do ASA, lhe valeria o título antecipado.
Zé Kalanga foi dos principais culpados da derrota libolense que, num ápice, viu-se a perder por 2-0. O primeiro golo por infelicidade do defesa Edy, que aos 16 minutos marcou na própria baliza, na tentativa de desviar um cruzamento de Zé Kalanga, e aos 21 Diangani rubricou o segundo de cabeça, após cruzamento de Paz pela esquerda.
A partida iniciou muito disputada no meio campo por força dos sistemas de jogos utilizados pelas equipas técnicas, mas desde logo ficou evidente a maior vontade do Santos de lutar para a vitória, enquanto o adversário esteve longe de realizar o seu futebol habitual: solidez defensiva e ataque concretizador.
Poder-se-ia dizer que os homens liderados por Zeca Amaral foram vítima do excesso de confiança perante um adversário que até luta para não descer de divisão, mas uma análise mais apurada pode levar ao pensamento de que o Santos contrariou o favoritismo, pois jogou no ataque quando foi preciso, guardou a bola e esperou os momentos cruciais para desferir o golpe fatal.
A perder por 0-2, Zeca Amaral substituiu aos 26 e 28 minutos os defesas Edy e Pedro Ribeiro pelos atacantes Câmara e Viola, passando a jogar com três dianteiros incluindo Rasca.
A estratégia não resultou como esperado em função da disposição defensiva e atacante dos anfitriões que marcaram o 3-0 ainda na compensação do primeiro tempo (45+2), por Zé Kalanga de cabeça após cruzamento de Didi.
O Libolo beneficiou da benevolência do árbitro António Caxala, que aos 45+3 assinalou uma grande penalidade duvidosa, alegadamente por entrada à margem das leis do defesa Diangani sobre Rasca. Na cobrança, Gomito reduziu a desvantagem para 1-3, resultado com as equipas foram ao intervalo.
No reatamento, o líder do Girabola esboçou a intenção de mudar o rumo dos acontecimentos, mas foi o Santos quem controlou o jogo com o ressuscitado Zé Kalanga a desequilibrar nas alas. O antigo jogador do Recreativo do Libolo iniciou aos 67 minutos uma jogada que resultou no 4-1, por Didi, aproveitando um ressalto de bola que embateu na barra transversal.
A vencer folgadamente, o Santos não fez mais que gerir o resultado. O Libolo ainda diminuiu para 2-4, por Dário (72), mas estava escrito que o então “todo-poderoso” perderia a invencibilidade, na deslocação à Luanda, 25 jornadas depois.
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