O treinador português do clube angolano Recreativo do Libolo, Paulo Torres, disse hoje à Lusa que a direção do clube angolano Kabuscorp do Palanca ainda não pagou a sua dívida, que se arrasta desde 2019.
Em 2021, a Federação Angolana de Futebol (FAF) puniu o Kabuscorp do Palanca com o pagamento de 29,3 milhões de Kwanzas (cerca de 38 mil euros), mais 2.000 euros, ao treinador português Paulo Torres por quebra contratual.
Em função do incumprimento, o treinador português disse que o assunto está entregue aos seus advogados.
“Este assunto está entregue aos meus advogados, porque o incumprimento do Kabuscorp continua. Não cumpriu o acordo. Da minha parte sempre houve disponibilidade para que o assunto fosse resolvido. Tentei ajudar o Kabuscorp, mas sem sucesso. São agora três anos de espera” lamentou.
Quanto à Federação Angolana de Futebol, sem dar muitos detalhes, disse que não tem mantido contacto, pois o assunto está entregue aos seus advogados.
“Não tenho nada para abordar com a federação. O mesmo assunto não é com a FAF, sim com o Kabuscorp, mas está tudo entregue aos advogados”, finalizou.
Em causa está a dívida reclamada pelo técnico, desde 2019, após a sua saída da equipa, quando tinha cumprido apenas um dos dois anos de contrato.
Além de Paulo Torres, o clube angolano deve também pagar seis milhões de Kwanzas (cerca de 7,8 mil euros) ao preparador físico português Rui Guilherme Pires de Oliveira.
O clube tem igualmente inúmeras dívidas por acertar com ex-treinadores, como por exemplo de Romeu Filemon, selecionador angolano, bem como a antigos atletas.
Em 2019, após intervenção da FIFA, a equipa do empresário angolano Bento Kangamba foi despromovida à terceira divisão do futebol angolano, por incumprimento contratual com o futebolista internacional brasileiro Rivaldo, bem como com o congolês democrático Trèsor Mputo.
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