A Federação Angolana de Futebol (FAF) suspendeu de toda a atividade, por um ano, o empresário Horácio Mosquito, por este não ter provado as acusações de corrupção que lançou em maio, ainda como presidente do Recreativo da Caála.
A decisão foi tomada pelo Conselho de Disciplina da FAF, que também vai participar o caso ao Ministério Público, de acordo com um comunicado enviado hoje à agência Lusa por aquele órgão.
Horácio Mosquito era presidente da equipa do Huambo desde 2008, tendo apresentado a demissão das funções em junho, cerca de um mês depois de ter denunciado, em conferência de imprensa, alegados "atos de corrupção no futebol nacional".
Após análise do relatório do instrutor do processo levantado logo na altura, a FAF considera agora que o empresário não fez prova das acusações, sendo por isso suspenso de toda a atividade na modalidade durante 360 dias e ao pagamento de uma multa de 300.000 kwanzas (cerca de 2.000 euros), a pagar pelo Caála no prazo de 10 dias.
"No período em que vigorar a execução da pena aplicada ao mesmo, deve este abster-se de fazer quaisquer pronunciamentos públicos, sob pena de o Clube Recreativo da Caála incorrer em pena acessória conforme o caso", determinou ainda a federação.
Face à "gravidade das declarações proferidas", os "danos morais causados à FAF, aos seus membros e outras pessoas ligadas ao futebol" e o "facto de o mesmo não ter provado em sede própria" as denúncias, com "declarações que transcendem o regime disciplinar desportivo", foi ainda determinado que "seja feita uma participação junto do Ministério Público e demais órgãos competentes", por se tratar de um caso do "foro criminal".
Será também comunicada a decisão às instâncias internacionais e ao Ministério da Juventude e Desportos angolano, pedindo a FAF que a pena aplicada "seja extensiva ao exercício da função de agente desportivo noutras modalidades" em Angola.
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