Um árbitro mexicano começou esta terça-feira uma greve de fome em frente à sede da Federação Mexicana de Futebol (FMF). Adalid Maganda, de origem africana, queixa-se de tratamento diferenciado, incluindo não ser nomeado para jogos, devido a racismo.

"Não quero dinheiro, quero justiça. Estou disposto a dar a vida pelas minhas convicções. Estou disposto a morrer pela causa e pela luta", afirmou Maganda, em declarações aos jornalistas, à porta da FMF.

Maganda revela que quando questionava o presidente da Comissão de Arbitragem, Arturo Brizio, sobre o porquê de não lhe serem atribuídos jogos, este respondia-lhe com insultos racistas.

"Eu aproximava-me para cumprimentar e recusavam-me, não me davam a mão, faziam-me sentir mal em frente aos meus companheiros, além de me insultarem", denunciou o árbitro, que apitou o último encontro a 6 de janeiro.

Após analisar o caso, a FMF propôs ao juiz ser relegado às divisões mais baixas da arbitragem mexicana, mas Maganda não aceitou e exige agora regressar à primeira divisão.