O treinador português Carlos Queiroz lamentou hoje a morte do antigo futebolista brasileiro Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, aos 82 anos, colocando-o ao lado de Eusébio, Diego Maradona e Johan Cruyff no ‘Panteão’ da modalidade.

“Pelé está agora no seu divino trono, onde reinará eternamente com Eusébio, Maradona e Cruyff a seu lado. Após esta dinastia de reis, o futebol continua no seu esplendor a dar lugar a uma nova dinastia de príncipes”, escreveu o técnico luso na rede social Twitter.

Segundo o técnico, o ‘Rei’ foi “um pioneiro da grandeza deste jogo que todos amam”, enviando “conforto à família e ao grande Brasil” nesta “hora muito triste”.

Queiroz deixou a seleção do Irão após o Mundial2022, no Qatar, numa carreira em que passou pela seleção portuguesa, pelo Real Madrid, Sporting, as equipas nacionais de Colômbia e Egito, entre outras.

A lenda do futebol brasileiro e mundial, único jogador tricampeão do Mundo, ficou internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em 29 de novembro, quando se submeteu a uma reavaliação do tratamento ao cancro de colón detetado em setembro de 2021, e ao tratamento de uma infeção respiratória, agravada pela covid-19, com antibióticos.

Desde que foi operado ao cancro, Pelé passou por um ciclo de sessões de quimioterapia que o obrigou a ir várias vezes ao hospital para acompanhar a sua evolução.

A saúde de Pelé piorou nos últimos anos também por outras causas, como problemas na coluna, na anca e nos joelhos, que reduziram a sua mobilidade e o obrigaram a ser operado, além de ter sofrido uma crise renal, o que reduziu drasticamente as suas aparições públicas, embora tenha continuado ativo nas redes sociais.

Pelé, o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, assinou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira, tendo vestido as camisolas do Santos e dos norte-americanos do Cosmos.

Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998.