Cinco dos 13 adeptos do Trabzonspor que foram detidos na segunda-feira, devido aos incidentes de violência após o jogo contra o Fenerbahçe, da Liga turca de futebol, ficam em prisão preventiva, decidiu hoje um tribunal.

Os restante oito adeptos que foram presentes à justiça ficam em liberdade condicional, sob controlo judicial, informou o Tribunal de Trabzon, numa notícia avançada pela emissora turca NTV.

Em causa estão os desacatos ocorridos no final do jogo entre Trabzonspor e Fenerbahçe (2-3), com invasão do relvado pelos adeptos da formação da casa, em Trabzon.

Imagens mostram socos trocados, um adepto a ameaçar um jogador com uma bandeirola de canto, o guarda-redes do Fenerbahçe, Livakovic, esmurrado na face, e Batshuayi a pontapear um adepto, entre outros casos.

"Uma violência absolutamente inaceitável, que não tem lugar no nosso desporto, dentro ou fora de campo", reagiu na segunda-feira o presidente da FIFA, Gianni Infantino, em declarações publicadas na rede social Instagram.

O responsável máximo do futebol mundial acrescentou que a segurança é um bem que todos os jogadores devem ter na sua prática e apelou para que as autoridades assegurem que isso é respeitado a todos os níveis.

"Que os autores dos acontecimentos chocantes em Trabzon sejam responsabilizados pelos seus atos", acrescentou Infantino.

Os acontecimentos de domingo juntam-se a uma longa lista de atos violentos na história do futebol do turco e ocorrem também depois de o campeonato ter sido suspenso uma semana em dezembro, quando o presidente do Ankaragücü agrediu um árbitro.

A liga turca conta com vários jogadores portugueses, como Sérgio Oliveira (Galatasaray), Gedson Fernandes (Besiktas), Rochinha (Kasimpasa) ou Nani (Adana Demirspor), entre outros, além de o ex-selecionador Fernando Santos, que assinou em janeiro pelo Besiktas.